Tem dias em que amanheço pensando se o Miguel sabe como meu amor por ele é imenso. Nessas horas me flagro olhando pra ele e vendo esse menino de 3 anos e 9 meses ainda cheio das carinhas de quando era um bebê. Olho pra ele e me sinto boba por viver uma incoerente sensação... Sinto a incoerência de estar feliz por ver meu filho crescer saudável e cada vez mais independente e de estar nostálgica - triste, talvez? - porque Miguel a cada dia mostra-se mais do mundo e menos da mamãe. Eu sei, parece loucura. Quem entende essas coisas de mãe?
Quando esses dias de insegurança chegam, penso em como será daqui pra frente. E tudo o que eu mais quero, se esse poder eu tivesse, é que o Miguel ganhasse a certeza de que sempre terá a mim ao seu lado. Em todas as circunstâncias. Quero que ele tenha a certeza de que eu sempre serei a voz sincera que, muitas vezes, vai dizer a ele o que ele não quer ouvir. A mão que vai mostrar que o caminho escolhido não é o certo e que nunca é tarde pra voltar. Serei sempre o último beijo de boa noite, mesmo quando ele não estiver mais morando comigo e já tiver construído sua família, porque ele sempre será meu último pensamento antes de dormir. Sempre estarei ao lado pra repetir que "hoje é um bom dia pra ser feliz!". Sempre perguntarei se tem comido direito. Serei sempre a pessoa que nunca desistirá de fazê-lo ter fé. Quero muito que ele tenha a certeza de que estarei sempre na primeira fila pra lhe aplaudir, estimular. Eu serei sempre sua fã.
Será que hoje, com tão pouca idade, Miguel consegue sentir em seu peito esse sentimento louco que tenho dentro do meu? Será que ele sente que eu tenho por ele o maior amor do mundo, quase que uma dor que me sufoca de tanta vontade de que ele seja feliz? Feliz acima de tudo. Será que ele sabe que me sinto derreter por dentro cada vez que ele me olha dos olhos e diz que me ama? Será que ele conhece o poder que tem quando chega perto de mim e diz que sou muito lindinha? Que sou sua gostosinha?
É maior que eu pensar se estou fazendo tudo certo...Porque eu quero ser a melhor mãe que eu puder, a melhor mãe que eu tiver forças pra ser. Quero muito ser a mãe que o Miguel precisa, a mãe que Deus confiou que eu pudesse ser.
Olho pra casais com seus filhos crescidos, pais e filhos amigos, companheiros de vida, e um desejo grande brota em mim. Fico desejando muito chegar lá. Olho pro futuro e me vejo andando de mãos dadas com meu filho, um homem maior que eu, mais forte, um ser humano melhor que eu. E nesse futuro me sinto sua amiga, seu anjo protetor mesmo que a fragilidade da velhice faça parecer que eu é que sou a protegida. Miguel foi o melhor presente que o mundo poderia ter me dado. Só espero devolver pro mundo um homem a altura do bebê que recebi.
Pra você, Miguel, deixo minha declaração de amor:
Que lindo, Paula! Meu marido vive dizendo que temos que aproveitar muito essa fase do nosso bebê, mesmo que às vezes o cansaço impere, pois logo, logo sentiremos, de uma maneira ou outra, saudades...O Miguel sente esse teu amor e sabe sim, eles sabem tudo...Beijos
ResponderExcluirSeu marido tem razão... Eu pensei que nunca fosse sentir saudade, mas acho que vou sim....rs... Apesar de tudo!
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