Quando vamos ter um filho, ficamos imaginando como ele será fisicamente, que qualidades herdará da mãe e do pai e quais os defeitos também. Miguel é uma misturinha boa de duas pessoas muito diferentes, mas posso afirmar que tem muito do meu jeito. É um menino de riso fácil, engraçado, carinhoso e muito, muito festeiro. Como eu.
Desde muito pequena amo fazer aniversário. E amo reunir amigos, estar com gente querida. Lembro, como se fosse hoje, o dia em que minha mãe resolveu que viajaríamos pra Saquarema em um dos meus aniversários, não sei se de 8 ou 9 anos. Era feriado de Corpus Christi e minha mãe conseguiu emendar com o final de semana. Que tristeza. Fiquei o feriado todo com cara triste, chateada mesmo. Viajar no meu aniversário significava passar a data apenas com alguns familiares e sempre gostei de ter família e amigos. Muitos. Viajei amuada, mesmo minha mãe tendo encomendado um bolo lindo pra mim. Estava tão triste que acho que os céus me entenderam e mandaram uma chuva que durou todo o feriadão, o que combinou perfeitamente com meu estado de espírito.
Lá em casa sou famosa por minhas festas porque sempre que digo que a festa será pra 50 pessoas, aparecem 100. Todos são bem vindos e não raro minhas festas estavam cheias de amigos, amigos de amigos e todos bem recebidos. Já fiz festa pro Miguel pra 120 pessoas e, no final, tinham 160. Meu casamento foi pra 400 pessoas. Enfim, não sei fazer petit comite. E Miguel vai pelo mesmo caminho. Ele não me pede presente. Não quer ganhar isso ou aquilo. Mas ele pede uma festa. Por isso me esforço pra sempre fazer alguma coisa porque vale a pena ver como meu filho gosta, como vibra com cada convidado que chega, como se entrega aos preparativos. Quer escolher como vai ser o bolo, o tema da festa, as cores. Ele quer ir comigo ao local, quer ajudar a arrumar, dar opinião. É muito participativo.
A única coisa chata é que não dá mais pra chamar meus amigos e os do Namorado - tantos e tão queridos - e chamar os amigos da escola do Miguel. Não há bolso que resista. Por isso, desde o ano passado, mesmo morrendo de vontade de estar com meus amigos pra comemorar o aniversário do meu filho e sabendo que ficariam felizes em partilhar esse momento feliz comigo, faço a lista de convidados pensando no que é importante pro Miguel. Quer dizer, nesse momento, essencial é a presença de sua família e de seus amigos da escola.
Eu que sempre levei minhas afilhadas a muitas festinhas quando eram menores e depois de 6 anos frequentando todo tipo de casa de festas infantis, estou mega enjoada dessa barulheira que há em casas desse tipo, bem como o animador chato falando aos berros no microfone. Desculpa, gente, mas cansei. Procurei uma alternativa no ano passado e não me arrependi. Esse ano busquei também outro caminho e encontrei o Quintal Verde. É uma casa de festas do jeito que eu queria, simples, sem brinquedos eletrônicos, com um gramado grande e árvores. Uma parte é coberta (a área onde ficam os convidados) e o serviço maravilhoso. Optei por churrasco, pra combinar com o tom informal, e tudo, das saladas à picanha, foi de muito boa qualidade e muito bem servido. Não quis colocar nem pula-pula, nem DJ, só mesmo uma equipe de recreação pra brincar de brincadeiras tradicionais, muita bola, roda e jogos. Criança não dá a mínima pra música que está tocando e se está tocando alguma. Eles querem saber de brincar e se divertir. E os pais querem conversar sem ter que gritar e sair roucos ao final da festa.
Resultado: acertei na escolha e foi uma tarde muito agradável e feliz. Miguel estava radiante, aproveitando cada minuto da sua festa, a tão esperada festa de 6 anos. E eu, feliz por vê-lo tão contente. E, também, por que lá no fundinho, eu concordo com o Miguel quando ele fala que aniversário sem festa não tem a mesma graça!!
Concordo! Aniversário sem festa não dá! já passei meu aniversário sem festa e fiquei muito triste. Amo quando a festa é surpresa mais ainda!
ResponderExcluir