quinta-feira, 25 de junho de 2015

Mais Dinossauro e Menos Princesa

Não consigo me imaginar sendo mãe de menina "menininha" mesmo, sabe? Talvez se fosse mãe de uma menina moleca, menos princesa, fosse estranhar menos. Eu que sempre fui uma garota que não gostava de brincar de bonecas e de casinha teria dificuldades, acredito. Paula brincando de panelinhas? Nem pensar! Está aí uma coisa que raramente foi presenciada, até mesmo pela minha irmã. Fica difícil entender esse universo feminino cheio de laços e frufrus, embora entenda todas as minhas amigas mães de meninas que se vêem encantadas ao viver a experiência de terem bonecas vivas que podem vestir e enfeitar. 

O universo masculino é muito diferente. O comportamento, o jeito de olhar pra cada situação, o humor, a força, a agressividade, a falta de delicadeza até pra fazer um carinho. Eu que venho de uma família de muitas mulheres e poucos homens, fico bebendo dessa energia e aprendendo com esse mundo novo pra mim. E, assim, me divirto horrores. 

Hoje de manhã, antes de eu sair pro trabalho, Miguel me chamou pra mostrar um video. Depois de uma overdose de Frozen em todos os lugares por onde se olha - mochilas, copos, camisetas, vestidos, música, 432 mil festas infantis com esse tema - dá pra imaginar que chega uma hora que enche o saco de qualquer cristão por melhor que o filme seja (e nesse caso é muito legal mesmo!). Então, quando Miguel me chamou e falou:

- Mãe, olha esse video... Depois de tanto "let it go" pra cá e tanto "lei it go" pra lá, você é menina mas também vai achar engraçado!!

Olha o que ele me mostrou:



Desculpe, gente... Morri de rir. Aliás, eu e ele. Rimos muito. Meu dia começou muito bem hoje! Um viva aos dinossauros!!! Viva o Jurassic World!!

quarta-feira, 17 de junho de 2015

História de Academia

Estamos vivendo em um mundo muito louco mesmo. Tão louco que eu penso que chegamos em um ponto que fica difícil de acreditar em certas situações, certas cenas que vemos diariamente. Do mesmo modo como convivo com pessoas tão maravilhosas, tão generosas, vejo perto de mim pessoas tão egoístas, tão centradas em si mesmas, como se o universo existisse por conta delas e de suas vontades. E a cada dia que passa fica mais difícil ver certas cenas sem indignação. Cada dia que passa fica mais difícil entender que não, com algumas pessoas, simplesmente, não adianta tentar conversar e mostrar um outro lado porque existe gente que só enxerga o que quer enxergar. A visão do outro não importa. A realidade do outro também não. 

Todo mundo é exposto todos os dias as mais variadas situações. Todo mundo vive diariamente experiências que enriquecem nossa vida, que trazem um aprendizado. Eu gosto de aprender e gosto de gente. Por isso sempre presto atenção ao que as pessoas têm a dizer. Gosto de ouvir histórias e gosto de achar que posso aprender com a experiência alheia. Por isso, o que o outro tem a dizer pode ser interessante pra mim. Nada que escuto é jogado fora imediantamente. Antes de decidir se alguma coisa que escutei presta ou não pra mim, pra minha vida, reflito. Tento analisar um lado que não tinha visto antes, entender porque nunca havia pensado de determinado modo e, algumas vezes, concluo que o que escutei não faz mesmo o menor sentido pra mim e descarto. Outras vezes, aprendo mais um pouco. 

Ontem durante minha aula de box, uma pessoa começou a contar sua experiência na aula de spinning do sábado anterior. Disse que durante a aula a música estava altíssima e que estava sentindo-se incomodada com o volume. Disse também que o tipo de música - eletrõnica - não estava de seu agrado e que estava ficando irritada. A pessoa disse que perguntou ao professor se ele poderia abaixar o volume e que o professor teria dito que não. Disse que perguntou ao professor se ele poderia mudar o tipo de música e que o professor teria dito que a aula dele já estava preparada com base naquelas músicas pré-selecionadas. Sendo assim, diante da atitude, segundo ela, "inflexível" do professor, ela decidiu abandonar a aula. Até aí, tudo bem. Se algo não a estava agradando e se ela já havia falado com o professor e ele não quis ou não podia mudar sua aula, melhor ir embora mesmo que ficar irritada. Só que ela não se contentou em ir embora simplesmente. 

Segundo a própria pessoa em questão, antes de ir embora da aula de spinning ela pensou "vou cagar na cabeça desse professor" (palavras dela). Aproximou-se do professor e disparou:

- Meu filho, vou embora. Não estou aguentando essa música chata. Sabe o que é? Eu acabei de voltar de Viena! Muitos dias escutando música clássica e ópera. Está muito radical essa mudança de estilo musical pra mim. Eu tenho bom gosto. Você nem sabe o que é isso. 

Depois de ter dito isso, virou as costas e foi embora. 

Sinceramente, pior que ter dito isso pro professor, foi ter contado pra todo mundo o que ela fez com tom de vitória, com risinho nos lábios como se isso a tornasse bem "espertinha", como se isso a deixasse "por cima" da situação. E eu fico enjoada escutando essas coisas. Poxa, logo de manhã cedo? Por essas e outras é que não gostaria de prestar atenção ao que certas pessoas dizem. Porque certas coisas não tem graça. O que ela contou rindo e se gabando, me causou incredulidade, uma falta de paciência e não é bom sentir-se assim. Fiquei com vontade falar um monte pra ela, dizer que ela devia ter vergonha de contar uma história dessas, que ela tem todo o direito de não gostar do volume ou das músicas escolhidas pelo professor, mas não tem o direito de ser esnobe e boba, deixando o rapaz em uma posição desfavorável até pra responder à altura, uma vez que ele é empregado da academia e uma discussão poderia até lhe custar o emprego. Mas achei melhor deixar pra lá e não me aborrecer. Tem gente que não está pronto pra ouvir umas verdades. Simplesmente, não está. 

Vida que segue. 

domingo, 14 de junho de 2015

Agradecimento de aniversário

Celebrar é algo que combina comigo. Acho a vida uma dádiva e tudo, tudo mesmo, merece comemoração. Conquistar algo, ganhar alguma coisa, fazer aniversário... Enfim, fui criada ouvindo minha mãe dizer "Em tudo dai graças" e aprendi que toda situação, até as que parecem péssimas aos nossos olhos, são situações necessárias pra nosso crescimento e devemos agradecer a oportunidade de aprendizado, por mais difícil que seja na hora. Por isso, fazer aniversário pra mim é motivo de festa, sim, de estar com quem gosto, de agradecer a Deus pelo maior presente que poderia ter me dado: minha existência. 

Todo o carinho que recebo nesse dia, seja daqueles que vieram até minha casa, daqueles que me telefonaram (coisa rara hoje em dia...), daqueles que tiraram um tempinho pra deixar uma mensagem pra mim, faz meu dia mais bonito e enche meu coração de amor. Fico com vontade de gritar a felicidade que sinto. Ainda mais quanto olho pro lado e vejo o tanto que tenho.

Ouvindo as pessoas e lendo as muitas mensagens que recebi hoje, duas coisas são como uma interseção em todas elas. A primeira é que "eu mereço" tudo de bom. Acredito que se colhe o que se planta, mas ninguém conhece o outro tão bem quanto a gente mesmo se conhece. E, sim, sei que tenho muitas qualidades e procuro sempre ajudar a quem está por perto, não sendo alheia ao que acontece à minha volta, mas tenho plena consciência, melhor que ninguém, dos meus muitos defeitos. Eu conheço meus pensamentos mais sombrios, minhas faltas. E por me conhecer tão bem é que não sei se esse "eu mereço tudo de bom" se enquadra tão bem pra mim... Tenho muito, muito mais que mereço e tenho muito, muito mais que preciso. Por isso é que sei que poderia fazer muito, muito mais por meu semelhante e acabo não fazendo tudo o que deveria fazer, tudo o que eu poderia fazer. 

A segunda coisa presente em quase todas as mensagens fala do meu riso largo, da minha alegria. E isso é muito bom de escutar/ler... Acredito na força do sorriso, na energia positiva e, é verdade, estou sempre rindo. Procuro ver graça no corre corre, nas situações estressantes, procuro rir com meus colegas de trabalho sobre minhas mazelas e as dos demais. A vida fica mais leve quando temos a capacidade de rir, quando temos a capacidade de dar "bom dia" sorrindo. Sorrindo, vamos vivendo com mais leveza. E, como diz minha querida mãe, Dona Iris, ela de novo: "água e um sorriso não se nega a ninguém!".  E eu sigo sorrindo... E se a maior parte das pessoas consegue notar isso, consegue enxergar meu sorriso largo, antes de notar qualquer outra coisa, é sinal que estou conseguindo! Isso me faz muito feliz!

Obrigada a todos por terem feito meu dia mais bonito. Além do céu azul, do sol maravilhoso que tivemos hoje, da família reunida ao redor da mesa cheia de comida gostosa, todos que me reservaram um pensamento, um minutinho, estiveram comigo. À vocês, prometo continuar ofertando meu melhor sorriso!