Ontem, quando fui ao banco, reencontrei a caixa que quase sempre me atende e que tinha estado ausente porque havia se casado e tirou uns dias pra lua-de-mel. Conversando, falei a ela que o dia do meu casamento foi o dia mais feliz da minha vida. Depois, acrescentei: "Foi um dos dias mais felizes, com certeza".
Fui embora pensando nisso e em quantos dias maravilhosos eu já tive. A verdade é que o dia do meu casamento e os dias que se seguiram, durante a viagem de lua-de-mel, foram irretocáveis. Não mudaria nada, nadinha mesmo. Lembrando de outros tantos dias, me lembrei que muitas pessoas falam que o dia do nascimento do filho é outro dia muito feliz. Pra mim, não foi assim.
Como Miguel nasceu prematuro e teve que ficar 15 dias na UTI, foi tudo muito confuso e corrido, inesperado mesmo. Só consigo me lembrar de como estava preocupada com sua saúde quando ele foi tirado de dentro de mim e de que queria muito que ele estivesse bem. Não lembro da emoção de ouví-lo chorar, mas lembro do alívio. Queria vê-lo e não consegui me emocionar ao olhar pra carinha dele porque me lembro de ter ouvido a pediatra dizendo que ele não podia ficar no meu peito muito tempo porque precisava de cuidados e tinha que ir para a UTI. Ai... Aquele dia e os outros 15 que se seguiram me remetem a muita angustia... Muito medo, muita ansiedade de ter meu filho comigo.
Quando penso no Miguel e em dias felizes, vou direto ao dia 25 de maio de 2009. O dia em que pude tirar meu filho do hospital, em que o tive em meus braços definitivamente e o trouxe pra casa comigo. Esse é o dia mais feliz. Foi o dia em que eu me tornei mãe, que pude tê-lo dormindo comigo. São e salvo, na nossa casa.
Ooow q fofo, Paula! Imagino a barra que deve ter sido mesmo, ter seu filhinho e não poder segurá-lo nos braços e levá-lo para casa com vc. Voltar pra casa vazia, de tudo, é isso que eu imagino que seja. Agora que eu já estou no caminho de ser mãe, parece que a gente sente mais as coisas. Me deu até um aperto no coração ler esse teu post, mas alegria em saber que está tudo bem com o Miguel agora.
ResponderExcluirPois é, Ana... Quando a gente carrega um outro ser dentro da gente, as coisas mudam. A gente se sente diferente, poderosa e tão frágil. Prepare-se!!! E que Deus lhe ajude!!
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