Como é difícil entender os caminhos de Deus. Como somos pequenos diante de tanta sabedoria... Só que na hora em que estamos no furacão é quase impossível não questionar porquê. Por que as coisas são do jeito que são e pronto?
Hoje um professor muito querido da academia morreu depois de estar 1 semana na UTI em virtude de um acidente de moto. Um acidente bobo que o fez cair da moto e ser atropelado por uma kombi. Lembro de ter lhe perguntado porque não parava de usar a moto logo depois de ter perdido meu cunhado em um acidente, também de moto. Ele me disse o que todos os motociclistas e apaixonados por esse meio de locomoção dizem: que é seguro, que ele é mega cuidadoso - e era mesmo - e sempre andava com todos os aparatos de segurança necessários e obrigatórios. Enfim, nada disso adiantou. Chegou a hora.
O mais triste disso tudo é que a esposa dele está grávida, já de 9 meses. O bebê, chamado Bruno, nascerá dentro dos próximos dias. Não posso e nem gosto de imaginar essa jovem mulher, a espera do primeiro filho do casal, cheia de planos e sonhos, vendo tudo desbotar de repente. Vida e morte tão perto. E só Deus pra saber a razão. Tenho muita fé, uma fé inabalável que me faz crer que há um propósito para tudo nessa vida louca. Acredito em Deus e em sua infinda bondade. Mas sou humana e tenho minhas fraquezas.
O que mais me machuca é imaginar o tudo de que essa mulher e esse filho serão privados. Tantos momentos, tantos desejos. A pior saudade não é a saudade daquilo que já passou. Essa, muitas vezes, até acalenta, alegra o coração. A pior saudade é a do futuro, é a de tudo que não se viveu. Essa sim, machuca demais. Como já disse meu querido Renato Russo,
"... meu vício de insistir nessa saudade que eu sinto de tudo que eu ainda não vi."
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