Miguel começou ontem a sua adaptação ao mini maternal. Sabia que esse dia estava chegando, acho até que as tias enrolaram o quanto puderam para que ele ficasse o máximo possível no berçário, mas não tem jeito: meu filho cresceu e precisa estar com crianças da idade dele para desenvolver-se ainda mais.
A decisão de deixar o filho em uma creche é das mais difíceis. Não trata-se só de visitar os locais e escolher o que você acha que é mais apropriado para seu bebê. Trata-se, principalmente, do desapego logo de início do seu bebê, trata-se de colocar seu bebê nas mãos de outras pessoas durante horas ou, no meu caso, o dia inteiro. Trata-se de entregá-lo ao mundo pela primeira vez.
Eu sabia que não tinha escolha e, no fundo do meu coração, acredito que tenha feito o melhor pro Miguel quando optei pela creche e não por ter uma babá. Avaliando todos os prós e contras de um e de outro, minha listinha de prós para creche ficou bem mais longa. Só que me lembro como se fosse hoje quando chegou o domingo anterior ao dia de voltar ao trabalho... Na segunda não só eu recomeçaria minha "vida normal" assim como deixaria meu bebê de 4 meses o dia inteiro com a Tia Fátima e a Tia Sandra. Lembro de ter ido pro quarto dele, lá pelas oito da noite, o quartinho escuro, só a luz da luminária de canto e ele no meu colo pra termos uma conversa. Uma das muitas conversas que já tive com meu filho. Mesmo que digam que sou louca: sim, eu converso com ele desde que era recém nascido, mesmo que ele ficasse só me olhando. E naquela noite eu disse a ele que o dia seguinte seria um dia diferente, que ele não ficaria o dia inteiro comigo, que eu precisava voltar ao trabalho pra me sentir bem e pra poder dar a ele um mundo mais amplo de opções na vida linda que eu gostaria de proporcionar a ele. Falei pra ele, entre muitas e muitas lágrimas, que sentiria muita saudade, mas que ele seria muito bem cuidado, que faria amiguinhos, que aprenderia coisas novas e que, ao final de todos os dias, eu estaria lá para buscá-lo e levá-lo para nossa casa, cheia de alegria por revê-lo. Nossa, não foi fácil. Aliás, foi bem mais difícil que eu pensei que seria.
É claro que sei o quanto meu filho é encantador. É dessas crianças carinhosas demais... Não raro, de repente, sai correndo e se joga em cima de você naquele abraço apertado e tasca aquele beijo babado na sua bochecha, assim, sem avisar. É gaiato, tem riso frouxo e joga beijinhos indiscriminadamente. É difícil não cair de amores por um menino assim... Tá bom, tá bom, é meu filho... Mas não estou mentindo. Por isso, é fácil se apaixonar por esse moleque sedutor que responde pelo nome de Miguel e que saiu aqui, de dentro de mim.
De qualquer jeito, cativante ou não, quando a gente deixa na creche uma criança da idade que o Miguel tem hoje, 1 ano e meio, acredito ser menos ruim, apesar de a adaptação ser mais difícil, no sentido de que, de uma forma ou de outra, a criança já sabe se expressar de algum modo. Não é o caso do Miguel, mas muitas crianças já falam com essa idade várias coisas e isso dá uma segurança para os pais de que se houver algo de errado, a criança vai dar algum sinal. Com 4 meses, idade em que deixei meu filho aos cuidados desses anjos que respondem pelo nome de Fátima e Sandra, só muita confiança de que tudo vai dar certo e de que fez a opção correta.
Por tudo isso, quero deixar registrado minha profunda gratidão a essas mulheres que receberam meu filho sempre com um sorriso, desde que ele era apenas um bebezinho indefeso e não esse bebezão que é hoje, forte e grande. À Sandra e à Fátima devo muito. E sempre terei em meu coração um espaço pra essas duas que embalaram o sono do Miguel desde cedo, trocaram sua fralda, cuidaram dele até mesmo quando teve febre, chamaram minha atenção para o fato de que estavam nascendo dentinhos, viram o Miguel engatinhar antes de mim, observaram ele falar "água" pela primeira vez, deram a ele os primeiros alimentos sólidos e puderam observar cada reação, cada carinha, cada careta. Do Miguel elas sabem tanto quanto eu: sabem quando está com fome, quando está com a fralda suja, quando está com sono, quando quer a chupeta. Ciúme? Não, deixo claro que nunca senti. Sinto muita gratidão, isso sim. Agradeço demais a Deus por ter colocado essas duas pessoas lindas na vida do meu filho que já posso considerar um sortudo. O Miguel é apaixonado por elas!! Sei que a recíproca é verdadeira e vejo, na cara delas, o quanto está sendo difícil a separação. A adaptação ao mini maternal será muito importante, não só pro Miguel, acreditem, mas pra Sandra e pra Fátima também.
Sei que meu filho será muito bem recebido pelas tias do mini maternal, sei que terão muito carinho com ele. Mas, é preciso entender que o primeiro amor a gente nunca esquece. E, nesse ponto, a creche que escolhi foi muito feliz no momento em que designou essas mulheres para cuidar dos pequeninos, para receberem nossos bebês miudinhos. Posso afirmar que, depois de mim, é claro, porque mãe é mãe e ocupa lugar de destaque para sempre, a Sandra e a Fátima são o primeiro amor do Miguel.
Acalenta o coração saber que elas estarão logo alí, no andar de cima, esperando o Miguel de braços abertos todas as vezes que formos até lá pra matar a saudade, delas e dele. Sempre com aquele sorriso aberto... Aliás, quando penso em anjos sempre os imagino assim: com olhar receptivo e um sorriso muito aberto, muito sincero, do jeitinho que a Sandra e a Fátima têm.
Paulaaaaa, MIguel vai arrasar no maternal! vai ser o melhor aluno e só vai tirar 10! rs Que as tias dele morram de ciúmes mas aqui eu deixo beijo pra só uma menina! você! :*
ResponderExcluirAh, que Fofo... Miguel cresceu e a mãe dele também. Aliás, de quem será que ele puxou o sorrisão frouxo e o jeitinho gaiato? :-)
ResponderExcluirMalu, ele é doidinho como eu... kkkkkkkkkk Dizem que crescer dói. Acho que dói um pouquinho mesmo... Um beijo enorme pra vc!!
ResponderExcluirkkkkk Ah, Luis... Só vai tirar 10 no mini maternal foi o melhor!!!
ResponderExcluirVocê tem que conhecer seu sobrinho. É uma figura!!