Todo ano é a mesma coisa. Eu sempre falo pra mim mesma que vai ser melhor a cada vez, que meu coração vai se acostumar com a separação, mas é tudo enganação.
Sei que Miguel vai ficar bem, minha irmã e meu cunhado são as pessoas com quem quero que meu filho fique caso aconteça alguma coisa comigo, porque sei que seus padrinhos vão sempre cuidar dele como se cuida de um filho e porque sei que seriam capazes de fazer dele um homem correto. Conto com minha mãe, com quem Miguel convive diariamente e que sabe tudo ou quase tudo dele. Conto com minha sogra pra ajudar minha irmã, caso ela precise. E eu fico louca pra tirar férias, sair por aí só com o Namorado e aproveitar e descansar muito. Mas o dia da viagem é muito torturante. Sofro.
Meu coração aperta, eu choro o tempo inteiro e parece até que estou viajando obrigada quando, na verdade, quero muito ir e sei que é quase essencial tirar esses dias OFF de tudo. Até de filho. Só que não consigo evitar esse sentimento estranho que sinto até entrar no avião.
O que mais queria hoje é que meu filho me desse tchau feliz, que não sentisse minha falta, que eu fosse totalmente dispensável. Talvez chegue esse dia. O dia de eu não ser mais necessário pro Miguel. E, entendam, eu quero mesmo não ser necessária pro meu filho. Quero que a única coisa que nos una seja nosso amor. Não quero que ele precise que eu esteja por perto pra ser feliz. Mas não posso fechar os olhos e achar que isso pode ser hoje. Fato é que hoje ele precisa de mim. Talvez menos do eu imagino, menos do que esse coração de mãe quer supor, pode ser.
Que Deus proteja meu filho de todo o mal. Que Deus ilumine minha irmã e lhe dê toda a paciência do mundo. Que Deus cubra meu cunhado de bençãos e amor.
E que minhas férias sejam maravilhosas!! Porque eu mereço.
PS - Na volta, conto tudo!
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