Quanto mais ando por aí, mais sem esperança vou ficando de que o mundo melhore, de que as pessoas comecem a se preocupar não apenas com seu umbigo e olhem pro lado, olhem pro próximo. Não é pessimismo não... É a constatação da realidade, de que as coisas andam muito do avesso, de que o errado está virando normal e de que pessoas certas são tomadas, a cada dia mais, como idiotas.
Semana passada três acontecimentos me levaram a questionar até quando vamos negligenciar a importância da educação. Tanto a educação que damos a nossos filhos, quanto a formal propriamente dita, recebida na escola. A primeira cena que me marcou foi quando li no jornal a notícia de que um aluno de uma renomada e tradicional escola da zona sul do Rio de Janeiro - a matéria não citava o nome da escola - tacou uma pedra em um ônibus. A pedra quebrou uma das janelas do veículo e feriu a passageira que sentava ao lado dela. Pessoas que testemunharam o fato, foram até a escola (por causa do uniforme que o menino usava) e a direção identificou o aluno e telefonou para os pais. A mãe, ao ouvir o relato a respeito da atitude de seu filho, perguntou: "E o que vocês querem que eu faça? Curativo?"
Cena 2: Sábado, minha mãe foi ao Rio Design Barra com minha irmã. Lá há o sistema de sensores que ficam vermelhos ou verdes em cima das vagas indicando quais estão livres, assim como em cada corredor é informado quantas vagas estão disponíveis. Bom, em um desses corredores a placa eletrônica dizia haver 6 vagas. Acontece que três motoristas, donos de carros grandes, resolveram, simplesmente, ocupar duas vagas cada um, estacionando exatamente em cima da linha amarela que limita as vagas de forma que o sensor não acusava a presença de automóvel em nenhuma das vagas ocupadas pelo dito carro. Simples assim: a pessoa resolveu ocupar duas vagas e pronto. Minha mãe resolveu falar com o segurança do estacionamento e ele lhe respondeu que as placas dos três carros já tinham sido chamadas milhões de vezes nos auto falantes do shopping mas nenhum dos três motoristas apareceu pra ajeitar o carro e liberar as vagas.
Cena 3: Domingo, Downtown, também na Barra. Eu e Namorado compramos nossos ingressos para o cinema e estávamos esperando o elevador pra descer e dar uma volta antes da hora do início do filme. Apertamos o botão do elevador e ficamos esperando. Não havia ninguém na nossa frente aguardando também. Entretanto, pra nossa surpresa, assim que a porta do elevador abriu, uma família de mais ou menos 5 ou 6 pessoas, entrou no elevador quase nos atropelando sem nem se preocupar se havia uma ordem de entrada. Essas pessoas talvez vivam sob o lema de que "o mundo é dos espertos." Um homem, que foi o último a entrar no elevador, ainda riu, sem graça, pelo fato de sua família ter entrado antes de nós, mas em nenhum momento falou pra que saíssem do elevador pra que a gente entrasse.
Agora me responda você: é possível acreditar que o ser humano está evoluindo? É possível acreditar que estamos caminhando rumo a um mundo mais justo? Será que existe mesmo uma luz no fim do túnel? Ai, desculpa, mas estou meio sem ânimo pra acreditar nisso. A única certeza que eu tenho é que eu não sou como eles. Não quero ser. Vou continuar fazendo a minha parte, sem medo de ser considerada idiota ou otária. Custe o que custar.
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