Já disse que tenho o prazer de trabalhar com pessoas queridas... Hoje recebi o e-mail de uma dessas professoras que Deus escolheu para colocar em meu caminho. A Soraya não tem filhos, nem sei se os terá, mas recebeu esse texto que vou postar e o repassou para suas "amigas mães". É lindo. E como essa semana tem sido muito difícil pra mim e ainda por cima nasceu o Joaquim, filho de uma amiga que queria muito ser mãe, a Dani, estou muito sensibilizada e chorona. Penso nela levando seu bebezinho pra casa se sentindo a mulher mais feliz do mundo e sem ter a menor noção do que esse bebê vai fazer com sua vida, seus sentimentos. Não, a gente nunca tem noção mesmo, nem quando achamos que temos ou que estamos mega preparados pra tudo. Mas penso nela feliz... Porque é muita felicidade mesmo!!
Enfim, não preciso dizer que me debulhei ao ler o texto espírita que segue agora pra vocês:
Ser mãe
"A missão de ser mãe quase sempre começa com alguns meses de muito enjoo, seguido por anseios incontroláveis por comidas estranhas, aumento de peso, dores na coluna, o aprimoramento da arte de arrumar travesseiros preenchendo os espaços entre o volume da barriga e o resto da cama.
Ser mãe é não esquecer da emoção do primeiro movimento do bebezinho dentro da barriga.
O instante maravilhoso em que ele se materializou ante os seus olhos, a boquinha sugando o leite com vontade e o primeiro sorriso de reconhecimento.
Ser mãe é ficar noites sem dormir, é sofrer com as cólicas do bebê e se angustiar com os choros inexplicáveis: será dor de ouvido, fralda molhada, fome, desejo de colo?
É a inquietação com os resfriados, pânico com a ameaça de pneumonia, coração partido com a tristeza causada pela morte do bichinho de estimação do pequerrucho.
Ser mãe é ajudar o filho a largar a chupeta e a mamadeira. É levá-lo pra escola e segurar sua mãe na hora da vacina.
Ser mãe é se deslumbrar em ver o filho se revelando em suas características únicas, é observar suas descobertas.
Sentir sua mãozinha procurando a proteção da sua, o corpinho se aconchegando debaixo dos cobertores.
É assistir aos avanços, sorrir com as vitórias e ampará-lo nas pequenas derrotas.
É ouvir confidências.
Ser mãe é ler sobre uma tragédia no jornal e se perguntar: e se tivesse sido o meu filho?
E ante fotos de crianças famintas, se perguntar se pode haver dor maior que ver um filho morrer de fome.
Ser mãe é descobrir que se pode amar ainda mais um homem ao vê-lo passar talco, cuidadosamente, no seu bebê ou ao observá-lo sentado no chão, brincando com o filho.
É se apaixonar de novo pelo marido, mas por razões que antes de ser mãe consideraria muito pouco românticas.
É sentir-se invadir de felicidade ante do milagre que é uma crinaça dando seus primeiros passos, conseguindo expressar toscamente em palavras seus sentimentos, juntando as letras numa frase.
Ser mãe é inundar-se de alegria ao ouvir uma gargalhadinha gostosa, ao ver o filho acertando a bola no gol ou mergulhando corajosamente do trampolim mais alto.
Ser mãe é descobrir que, por mais sofisticada que se possa ser, por mais elegante, um grito aflito de "mamãe" a faz derrubar o suflê ou o cristal mais fino, sem a menor hesitação.
Ser mãe é descobrir que sua vida tem menos valor depois que chega o bebê.
Que se deseja sacrificar a vida para poupar a do filho, mas ao mesmo tempo deseja viver mais - não para realizar os seus sonhos, mas para ver a criança realizar os dela.
É ouvir o filho falar da primeira namorada, da primeira decepção e quase morrer de apreensão na primeira vez em que ele se aventurar ao volante de um carro.
É ficar acordada de noite, imaginando mil coisas, até ouvir o barulho da chave na fechadura da porta e os passos do jovem, ecoando portas adentro do lar.
Finalmente, é se inundar de gratidão por tudo que se recebe e se aprende com o filho, eplo crescimento que ele proporciona, pela alegria profunda que ele dá.
Ser mãe é aguardar o momento de ser avó, para renovar as etapas da emoção, numa dimensão diferente de doçura e entendimento.
É estreitar nos braços o filho do filho e descobrir no rostinho minúsculo, os traços maravilhosos do bem mais precioso que lhe foi confiado ao coração: um espírito imortal vestido nas carnes de seu filho.
A maternidade é uma dádiva. Ajudar um pequenino a desenvolver-se e a descobrir-se, tornando-se um adulto digno, é responsabilidade que Deus confere ao coração da mulher que se transforma em mãe. E toda mulher que se permite ser mãe, da sua ou da carne alheia, descobre que o filho que depende de seu amor e da segurança que ela transmite, é o melhor presente que Deus lhe deu."
Dani, parabéns por ser presenteada com a oportunidade de viver tudo isso!!! Soraya, obrigada por enviar esse lindo texto. Miguel, obrigada por ter me escolhido para ser sua mãe... Prometo fazer um bom trabalho.
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