sábado, 5 de janeiro de 2013

Burro Falante









Eu tenho achado as mulheres grávidas lindas ultimamente. Eu não fui dessas grávidas que se acham maravilhosas, eu sentia uma saudade grande de usar roupas menos largas, calças jeans mais justas e tal, mas é um período muito mágico na vida de uma mulher, isso é verdade. Todo mundo tem um cuidado muito fofo com as gravidinhas e é muito lindo ver que todos zelam pelo bem estar da mulher que está preparando uma outra pessoinha pra este mundo. Mas não sinto saudade da minha barriga e nem do meu peitão, se querem saber. E essas fotos que aparecem no início deste post são dessa época de barrigão, estávamos de férias nas Bahamas e meu burro falante nasceu com 7 meses e 1 semana exatamente 10 dias depois de chegarmos ao Brasil. Só de pensar nisso me dá um frio na espinha...

Eu dei praticamente todas as roupas que usei enquanto estava esperando o Miguel. Não comprei nenhuma roupa especial de grávida, mas tomei ojeriza das blusas, dos vestidos e das calças que usei enquanto estava nesse período. Não podia nem olhar pra elas depois de ele nascer. Só queria usar roupas que não me lembrassem aquele barrigão. Eu chegava a enjoar, enjoo de verdade, acreditem, quando tentava vestir algo que tinha usado muito durante a gravidez. Por isso, dei tudo mesmo, sem dó nem piedade. 

A gente passa por tanta mudança durante a gestação e depois que o bebê nasce, que é impossível tentar explicar pra quem não vive ou viveu essa experiência o que se dá. Eu não entendia embora tivesse mil amigas com filhos, já que tive filho mais tarde que todas elas. Eu ouvi muita história, muita coisa baseada na prática de cada uma e mais perto de mim ainda: vi minha irmã ter duas filhas e cada uma ser totalmente diferente da outra de modo que o que deu super certo pra uma, passou longe de funcionar pra outra. Enfim, essas criaturinhas são coisas muito loucas e olhar uma mulher grávida é o mesmo que olhar pro início de uma aventura inédita. Aquela barriga vai ser diferente, e muito, de qualquer experiência vivida, mesmo que aquela mulher já tenha tido uns 10 filhos. 

Eu aproveito muito essa minha experiência que começou quando soube que tinha recebido a benção de estar grávida do Miguel em outubro de 2008 e que continua até hoje e que, acho, não vai ter fim. Então, hoje, quando encontrei um casal de amigos grávidos de seu primeiro filho, só pude desejar muita saúde pro bebê e rezar pra que eles tenham muita saúde também, porque é muito pesada essa vida de pai e mãe. Doce também, eu sei. Mas pesada pra caramba, vamos admitir.

Miguel está com três anos e está numa fase linda. Cheio de gracinhas, de caras e bocas e cheio de tiradas engraçadíssimas. O moleque está muito esperto (sei que toda mãe acha seu filho o máximo) mas, de verdade, o carinha está muito inteligente e perspicaz. Além disso, é um menino MUITO carinhoso, me faz muito carinho, me diz "eu te amo" sem que eu peça e me elogia quando me vê bonita ou com um batom de cor diferente da habitual. Só tem um porém... O menino virou um burro falante!! Meu Deus, o Miguel não cala a boca. Ele pergunta tudo, conta o mesmo caso mil vezes, brinca falando com seus bonecos,  quer saber porque isso e porque aquilo e, pra piorar, ao final das histórias ou frases dele, busca a concordância dos pais, tipo: "hoje não está chovendo, não é, mãe?" " Papai foi  tabralhar, né, mãe?" "vai demorar muito pra chegar na festa, pai?" "A gente vai pra casa da vó Berê, hoje, né, pai?" "Mãe, tem mosquito aqui no quarto!" Gente, ele me chama até pra avisar que está indo fazer xixi ou pra perguntar se pode fazer bagunça no quarto dele... Agora, vê...

A gente se preocupa tanto em determinado momento se o filho ou filha vai falar, se pergunta se a criança não está com a fala atrasada, observa se já não era pra ele ou ela estar falando algumas palavrinhas a mais e, do nada, a criança começa a falar tudo. Fala tudo e tanto que a gente chega a sonhar com um minuto de silêncio. Às vezes, tenho vontade de contar quantas vezes por minuto o Miguel chama "mãe". Ainda não entrei na loucura de contar, mas, com certeza, são muitas e muitas vezes. Enfim, estou na fase em que a criança, de repente, vira um burro falante. E quer falar sobre tudo o que acontece a sua volta e é pra mim que ele gosta de contar as histórias, me chamando o tempo todo. Portanto, Paulinha, agora é hora de exercitar a paciência mais uma vez e escutar o seu burro falante. Tá bom, então. É isso aí.

2 comentários:

  1. Pelo menos você não tem um Trenzinho Desgovernado em casa, mudando tudo de lugar, escondendo coisas, mexendo em tudo, sem parar, ligado no 220!! Hehe, beijos

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    1. Ana, já passei dessa fase do Miguel mexer em tudo.... É terrível! kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk Agora você se prepare: o seu vai virar um burro falante em breve!!!! Um beijo!

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