sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Oi

Depois de uma semana sem contato com o mundo virtual, cheguei aos EUA doida pra dizer que estou amando minhas ferias e que, mesmo tendo entrado no aviao chorando e com um embrulho no estomago, estou curtindo dias de praia e sol feliz da vida!!!!

O Hugo fala a todo instante no Miguel, acho que esta com mais saudade que eu...rs... Mas essas ferias estao sendo otimas!! Depois conto tudo.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Babá

Ontem foi o primeiro dia em que a babá veio pra ficar com o Miguel no período em que ele sai da creche até minha irmã chegar em casa. Eu parecia uma desorientada porque não estou acostumada a ter alguém que dê a comida, banho, não estou acostumada a comer em paz, sem ser interrompida ou a tomar banho e trocar de roupa antes das 10 da noite.

Ela chegou, ficou com ele e ele ficou super bem, foi brincar. Comeu quietinho no colo dela (comigo não pára nem pra comer!). Ela deu banho enquanto eu fazia minhas coisas com toda calma do mundo. Eu e Hugo sem nem saber o que fazer com o tempo livre...rs... E, pra minha, surpresa, às 21h Miguel já estava dormindo que nem um anjinho!!

Tivemos uma noite de Luciano Huck e Angélica. Tomara que ele fique bem assim todas as noites e que não sinta a minha falta. Acho que, na verdade, eu é que vou sentir a falta dele.

Detran e Pediatra

Essa semana, antes da viagem, foi cheia. Tinha mil coisas pra fazer e ainda tinha vistoria do detran e consulta do Miguel com o pediatra.

Gente, o que é o Detran? Sistema cai, sistema volta, cai de novo. Gente fazendo barraco porque está cansada de esperar. E o pior, os atendentes são uns mal educados. Depois de esperar 3 horas e meia para receber os documentos do carro, fui, finalmente, chamada. Como toda pessoa com um pingo de educação, fui até a cabine e disse: "oi, tudo bem?" A atendente me olha como se eu fosse um extraterrestre e não me dá nenhum tipo de resposta, nem mesmo uma piscada de olhos. ok. Deixa pra lá. Tchau também não me deu, nem quando estava de saída e desejei a ela bom trabalho. Gente estranha.

Ontem foi o dia de ir ao pediatra, que sempre atende na hora e é educado. Foi meu pediatra e da minha irmã e é nele que confio. Enfim, ontem não foi como de costume. Antes do Miguel tinha um menino de 9 anos pra ser atendido. Seria rápido, apenas para um breve exame antes de tomar uma vacina. Mas aí é que a porca torceu o rabo... A tal da vacina. O menino estava em pânico por ter que tomar a picada e o Dr. Sergio estava com a maior paciência explicando a ele tudo o que seria feito e como seria feito. O garoto berrava, implorava, se agarrava à mãe e eu na sala de espera sem acreditar no que estava ouvindo. Até presente a mãe prometeu pro menino se ele se comportasse, depois ameaçou telefonar para o pai. Por fim, sabe Deus como, o médico conseguiu aplicar a vacina porque os berros aumentaram e depois cessaram. Graças a Deus. Chegou a vez do Miguel.

Enquanto estamos conversando com o médico, Miguel é simpático, ri, quer mexer nas coisas, brincar. Tudo certo. Na hora em que passamos para a mesa de exames, meu Deus do céu... O menino chora tanto que parece que o estão matando. Mas, está tudo bem com ele, é só uma tosse, nada que um xarope não resolva e posso viajar tranquila. Cresceu 2cm, engordou 200g, está um meninão. Em lugar de sair de lá em 40 minutos como sempre acontece, nessa semaninha agitada saí 1 hora e meia depois, tinha que complicar...

Agora é arrumar a mala, porque são 2 da tarde e ainda nem comecei...

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Trabalho

Alguém sabe me responder porque o trabalho aumenta tanto quando estamos perto de entrar em férias? Meus dias tem passado voando e chego a pensar que não vai dar tempo de fazer tudo o que tenho pra fazer antes de viajar. Ainda tenho que adiantar as coisas que faria nesses 15 dias em que estarei fora e só tenho 3 dias agora!!

Por outro lado, como sabemos que as férias se aproximam, vem uma energia, uma atmosfera de felicidade que surge não sei da onde, e o gás para realizar todas as tarefas vem. Tenho certeza que farei tudo e viajarei deixando minha mesa arrumadinha e vazia, pronta pra receber a pilha de papéis que estará me esperando em 04 de outubro...

Outra coisa que tenho que trabalhar é a hora de dizer tchau pro Miguel. A medida que o dia se aproxima, me dá um aperto no coração tão forte que dói. Hoje fui pedir a coordenadora da creche que permita que a tia do berçário desça as escadas com ele no colo e o coloque dentro do carro, na cadeirinha pra minha mãe. É ela que vai buscá-lo enquanto eu estiver ausente e até a minha irmã e/ou meu cunhado chegarem do trabalho, uma babá tomará conta dele junto com minha mãe. Quando falei pra coordenadora que precisaria que ela fizesse essa gentileza de 16 de setembro até 01 de outubro, ela arregalou os olhos e a boca e fez um som como se tivesse tomado um susto, tipo: "aaah" Eu ri e disse: "É... Serão 15 dias."

Não quis entrar em maiores detalhes porque sei que não estou abandonando meu filho. Estou tirando férias com o meu marido e sei que meu bebê estará muito bem cuidado. Sei que a hora mais difícil será a partida, a hora de dar as costas e bater a porta de casa. Espero que me divertir e aproveitar muito. Sim, ele não vai sair da minha cabeça, mas quando é que um filho sai da cabeça de uma mãe? Estando aqui no Rio de Janeiro ou em qualquer lugar do mundo, ele está sempre ali, na mente da gente. Imagem mais viva muitas vezes, mais escondida em outras, mas sempre lá.

Sei que ele será bem cuidado, estará com minha irmã e meu cunhado, com minha mãe e com uma pessoa na qual confio e com quem ele está familiarizado. E, quando penso nisso, não posso deixar de pensar que seria uma benção se Miguel, daqui uns anos, se casasse com uma mulher que tenha irmãos, para fazer por ele o que minha irmã está fazendo por mim hoje.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Levado






















Ontem fui a festinha de 1 ano do Enzo, amiguinho do Miguel. Foi a primeira festa a que fomos depois que Miguel começou a andar. Meu Deus!! O garoto está muito danado. Só para ter uma idéia: eu que comia horrores em festas infantis, só consegui comer 5 salgadinhos!! E olha que a festa estava muito bem servida, o problema é ficar andando atrás da minha delícia o tempo todo! Miguel não pára quieto um minutinho.
Miguel brincou, correu e dançou muito. Aliás, Miguel é louco por música. É ouvir e começar a se balançar. Ficou intrigadíssimo com a caixa de som, com a vibração, e colocava as mãozinhas pra sentir o tremor. Andava entre as mesas, brincava com os desconhecidos... Na hora do teatrinho, todas as crianças estavam assitindo no colo dos pais ou sentadinhas no chão. Miguel não. Assistiu andando de um lado pro outro. Ufa! Que canseira. No final da festa, eu e Hugo estávamos mortos.

Pela cara dele nas fotos desse post já vai dar pra ter uma noção de como meu bebezão está levado...

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Pior mãe do mundo

Hoje eu não trabalho. E hoje a creche vai funcionar normalmente. Já havia me programado para aproveitar o dia para resolver milhões de coisas e fazer outras que faço sempre só que com mais calma, como tomar banho e lavar meus cabelos sem pressa, passar um creme e conseguir deixá-lo por 15 minutos. Preciso ir ao mercado, ao banco. Preciso telefonar pra TIM. Preciso arrumar minhas gavetas.

Ok. Aí, como de costume, arrumei o Miguel, peguei sua bolsa e fui levá-lo pra creche. As crianças maiores estavam lá, vieram, como sempre, brincar com o Miguelito. Chegando ao bercário, nenhuma das três crianças que chegam entre 7 e 9 horas da manhã estava lá. Miguel ficou sozinho porque essas mães não vão levar seus filhos pra creche hoje já que não vão trabalhar...

Mandei beijinhos, deixei -o lá brincando com a tia e fui. Só consegui esperar chegar até o carro pra começar a chorar. Devo ser uma mãe péssima mesmo. Poderia aproveitar o dia pra ficar com ele, mas quero ter um tempo só pra mim. Racionalmente acho normal, a culpa acaba comigo. Preciso de mais terapia.

É oficial: sou a pior mãe do mundo.

sábado, 4 de setembro de 2010

Atitudes que emocionam


Desde o início do período, os meus sábados têm sido um pouco tumultuados na parte da manhã. No trabalho tem sempre algum professor faltando, por motivos justificados e que acontecem com qualquer um, mas que geram uma correria para se conseguir quem os substitua, principalmente quando é assim, de última hora.


Porém, o que me emociona é justamente ver a mobilização do time para ajudar o colega. Fico muito feliz por trabalhar com pessoas tão bacanas e que estão sempre se solidarizando com o próximo. Penso que a solidariedade começa aí mesmo, quando ajudamos o próximo que está do nosso lado. O próximo mais próximo. Muitas vezes queremos buscar formas de ajudar pessoas e nos esquecemos que há sempre alguém, bem pertinho, que está precisando de ajuda. E a vida está sempre colocando oportunidades na nossa frente, como um teste. É pegar ou largar.


Sábado passado uma professora saiu correndo de uma unidade distante daqui para dar aula no lugar de uma colega que estava doente. Ela mora pra lá de Niterói (nunca sei o nome do bairro mesmo...rs...), estava no Maracanã dando aula e se despencou pra Ilha do Governador pra ajudar. Que bacana. Não tenho como agradecer esse gesto.


Hoje, um professor que perdeu o pai no início do mês de forma totalmente inesperada, teve que levar a mãe ao hospital. É claro que essa mulher não pode estar bem. Perdeu o marido há pouco tempo e esse professor, único filho, deve estar segurando uma barra pesadíssima. E não é que após levar a mãe ao hospital, ele, que tinha todos os motivos pra ficar em casa cuidando da mãe, veio dar o segundo tempo de aula? Eu não tenho como agradecer também. Não tenho como medir seu comprometimento com seus alunos, com a escola. Só posso pedir a Deus que lhe ajude nesse momento delicado e que ampare sua mãe e lhe dê forças.


Tem gente esquisita no mundo, mas tem muito mais gente bacana. Graças a Deus!!! E vem a minha cabeça uma musiquinha que tocava muito na igreja quando eu era pequena e que, pra mim, é a mais pura verdade: "Fica sempre um pouco de perfume nas mãos que oferecem rosas, nas mãos que sabem ser generosas..." Bom sábado pra todos nós.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Ciclos

Hoje estive reunida com minha sogra, Hugo e sua irmã para oficializarmos a venda da casa de São Lourenço. Lá foi a residência da Berê e meu sogro querido durante seus últimos anos de vida. Uma casa construida com muito carinho, aconchegante e bonita, na medida para receber a família e para ser testemunha de um amor maduro, que superou muitos altos e baixos. Uma casa para abrigar um convívio de anos em sua fase final.

Não preciso dizer o quanto foi difícil para a Berê desfazer-se da casa. Um lugar com memórias do grande amor da sua vida, de um companheiro de anos. Mas nessa vida é preciso fechar os ciclos. Terminar o que se começa, resolver o que há para ser resolvido. Por mais que doa, acredito em passar por uma fase e encerrá-la para poder vivenciar plenamente outra.

Após a morte do meu sogro, Berê voltou a viver no Rio, mais perto dos filhos e dos netos. E também porque sua permanência em São Lourenço tornou-se muito sofrida. Morar em uma casa enorme, planejada e idealizada por ela e pelo marido, com paredes, tapetes e quadros que guardam tanta estória, tantas recordações deve ser complicado demais. A casa, então, perdeu seu propósito depois da morte do Mauro. E ela foi, durante 3 anos, se desfazendo dos móveis, livros, quadros, cachorros, objetos e chegou a hora da casa. E eu sei que dói. Não podemos ter apego, é verdade. Mas eu sinto como se fosse igual a quando a gente acaba de ler um livro do qual gostou muito. É difícil terminar a estória, pelo menos pra mim é assim. Quando vou vendo que estou nas páginas finais, vou lendo devagarzinho, saboreando cada palavra, já sentindo saudade das personagens. E, então, o livro acaba. E é preciso fechá-lo. Fechar significa estar se abrindo para começar a ler um novo livro. Mesmo que para pegar outro eu precise de tempo para me desvencilhar da estória que foi tão marcante.

Fechar um ciclo é necessário para vivenciarmos outro plenamente. E desejo, de coração, que minha sogra possa viver agora uma nova fase com toda a sua energia e que muitas realizações a esperem no novo caminho.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Meninas


Ontem uma professora muito querida entrou na minha sala toda animada falando da promoção da Bauducco. Ela se lembrou que eu como, todo dia, uma barrinha dessas tipo goiabinha na hora do lanche e estava querendo me dizer que, olha só que maravilha, eu poderia ter toda a coleção dos bichinhos de pelúcia da promoção, uma vez que teria muitas embalagens para trocar por eles.


O que ela não sabe é que eu, na contramão de todas as meninas, detesto bichinhos de pelucia. Nunca gostei. Pra mim, só servem para armazenar poeira e mais nada. Estranho? É, não é o que se espera da maioria das pessoas do sexo feminino, mas não gosto mesmo. Assim como nunca gostei de brincar de boneca.


Quem me vê hoje, toda vaidosa, gostando de me vestir bem e cuidando do cabelo, maquiagem e tal, não imagina que eu não era nem um pouco vaidosa até uns 15, 16 anos. Acho até que era para equilibrar lá em casa, já que minha irmã era a rainha da vaidade. Ela sempre se preocupou com a roupa, que tinha que estar impecavelmente esticada e certa no corpo, o cabelo muito bem escovado, as meias do uniforme milimetricamente dobradas. Eu era daquelas que ia pro colégio sem nem pentear o cabelo, simplesmente me esquecia e usava roupas largas e não me importava se a calcinha era maior que o short!! Um horror, eu sei. Mas era assim.


Coisas típicas de meninas como brincadeira com bonecas eram um suplício pra mim e, pior que isso, era ter que aguentar uma irmã que amava brincar de bonecas ficar implorando a cada cinco minutos pra eu brincar com ela e sua coleção de Susies e Falcons. É, gente da minha idade não brincava com Barbies, era Susie mesmo. Eu gostava de Atari -ui!-, Banco Imobiliário e brincadeiras nas quais eu pudesse mandar, tipo escritório, consultório ou escola.


Pra piorar, no prédio onde a gente morava, éramos as únicas meninas e, então, brincávamos todos os dias com muitos meninos e isso não ajudava em nada a eu me tornar mais menininha. Eu e minha irmã brincávamos de queimado, de pique e até de futebol com os meninos e o ritmo de meninos é outro. Eu não estava nem aí. Minha irmã conseguia conservar a vibe feminina, mas eu nem tentava. Ela me condenava direto, "como você vai aparecer na frente dos meninos usando esse short??? " perguntava ela. "Sua calcinha está aparecendo...", disparava. "O risco do seu cabelo está torto." E eu nem aí. Pra mim, eles eram só meus amigos e não me preocupava que eles fossem me olhar com olhos diferentes que os da amizade.


Um dia, eu já devia ter uns 11 anos, estávamos todos brincando de futebol. Por 'todos' entenda um bando de meninos, eu e minha irmã. Eu, mega atolada, péssima no esporte, só fazia besteira e, de repente, começou todo mundo a rir tanto que eu, cheia de vontade de fazer xixi e rindo sem parar, desses ataques de riso que fazem doer a barriga e o maxilar, não consegui me conter e fiz xixi nas calças... Pensa que eu fiquei com vergonha? Que nada!! Subi toda mijada, tomei banho e me troquei e, em 15 minutos, lá estava eu de volta pra continuar a partidinha de futebol. Preciso dizer que minha irmã quis morrer de vergonha? Ela simplesmente não entendia como eu podia ter a coragem de descer depois de ter feito xixi na frente de todos os meninos do prédio e mais alguns da rua. Ela diz, até hoje, que se tivesse sido ela teria ficado incomunicável e enclausurada em casa por, pelo menos, um mês! Eu? Eu não ligava mesmo.


Melhorei muito e acho que virei uma mulher bem feminina, mas ainda tenho atitudes muito masculinas. Por exemplo, detesto discutir relação. Não gosto de calcinhas e sutians rendados e cheios de frufrus. Gosto da velha e boa calcinha de algodão, sem renda e sem costura pra não me machucar. Não tenho paciência pra ficar horas em salão de beleza. Não gosto de ficar abraçadinha depois de transar, me dá um sono danado e quero mesmo é dormir. O Hugo disse que agora já se acostumou, mas no início estranhava.


Compreendo a professora ter vindo toda empolgada e feliz dizer que eu poderia ter todos os bichinhos porque estou mudada e sou mais "girlie" hoje, mas prefiri perguntar a ela se ela não gostaria que eu juntasse todas as minhas embalagens pra ela, de forma que ela pudesse ter todos os bichinhos de pelúcia que quisesse. Eu não dou a mínima mesmo e ela vai gostar, né?