sábado, 28 de maio de 2011

Enfim... férias!

Bem, fora a minha choradeira quando deixei o Miguel na creche na última quarta-feira, embarquei bem para o Chile e a viagem tem sido ótima. Está fazendo um friozinho gostoso, mas com aquele céu azul lindo. Eu e namorado estamos aproveitando bastante e já soube pela sis, com quem falo todos os dias, que o Miguel resolveu dar uma folga e está dormindo super bem, direto, nessas noites sem nós. Por enquanto, segundo ela, nao parece estar sentindo nossa falta embora olhe os porta-retratos e fale "papai" e mamae".

De qualquer forma, nessas noites em que deito na cama sem me preocupar com nada e posso ler ou ver televisao tranquilamente, parece que estou vivendo um flashback de minha própria vida. E quando acordo de manha e percebo que dormi 9 horas seguidas? Sinto-me no céu e descansada como nunca. Toda mae merece uns diazinhos de folga.

É claro que penso no meu bebê o tempo todo. Tenho saudade e fico imaginando o que ele faria ou como reagiria se estivesse aqui conosco. Creio que ainda é cedo pra ele fazer viagens com a gente, mas, como o tempo passa rápido, logo, logo, ele poderá juntar-se a nós.

Quando voltar falarei mais da viagem e colocarei algumas fotos. Amanha estou pegando o aviao para Puerto Montt/Puerto Varas de onde, depois de conhecer lagos e vulcoes, faremos a travessia dos lagos andinos até Bariloche. Por enquanto, vou aproveitando o frio e as noites bem dormidas como rainha...

terça-feira, 24 de maio de 2011

É amanhã

Estou me desdobrando com os preparativos de última hora pra viagem: contas a pagar a serem agendadas, tarefas no trabalho que precisam ser feitas sem a minha presença, deixar tudo organizado em casa para que não falte nada ao Miguel, lembrar de deixar a carteirinha do plano de saúde, o telefone do médico, enfim, uma porção de coisas pra que eu possa viajar tranquila.

Antes quando viajava não levava celular, radio, nada que pudesse me comunicar com a vida cotidiana. Meu objetivo era desligar completamente e não queria nada me perturbando.  Agora é muito diferente, preciso ter contato porque meu bem mais precioso fica por aqui. Uma parte do meu coração fica aqui. E preciso saber dele todos os dias para ficar tranquila.

Não sei, às vezes, parece que criança sente o que está por vir. Todos os dias antes de ir pra creche, a Taninha é que cuida dele, dá banho, troca fralda, veste. Enquanto isso eu estou me arrumando pro trabalho. Inexplicavelmente, ontem e hoje Miguel não aceitou que ela fizesse isso. Queria que eu o vestisse... Deve ser pra eu sentir ainda mais culpa que já sinto nos dias que antecedem as férias. Não vou mentir aqui dizendo que não me divirto sem meu bebê. Divirto-me muito. É claro que penso nele, se está bem, se está indo pra creche feliz, se está comendo, se está dormindo bem, mas sei que ele precisa de uma mãe sã e feliz e isso me consola.

Hoje, me despedindo da minha irmã já que amanhã não vou vê-la, perguntei se ela vai cuidar do Miguel como se fosse filho dela. Ela me respondeu que é melhor que ela não o trate assim, porque sempre brincamos que ela é uma carrasca com as meninas e, sendo o Miguel afilhado, vai tratá-lo ainda melhor... Mas, brincadeiras à parte, tenho certeza de que ela sabe exatamente o que eu quis dizer: só uma mãe faz de tudo pra ver seu filho feliz e isso, eu tenho certeza, ela fará para ver o bem estar do Guel.

Hoje vou conversar com ele à noite, antes de dormir e explicar que eu e o namorado vamos entrar em um avião, mas que vamos voltar. Sei que alguma coisa ele já vai entender. E espero que ele não sinta minha falta. De verdade. Eu, não há dúvida, fecharei a porta de casa, mais uma vez, chorando. É parte da vida de mãe que quer continuar a ser namorada. É o preço que tenho que pagar por minhas escolhas.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Férias

Por incrível que possa parecer, semana que vem viajo de férias e ainda nem acredito. Quanto mais as férias se aproximam, mais coisas tenho que fazer e adiantar no trabalho pra deixar tudo certinho por aqui durante os 15 dias em que estarei longe.

Esse ano está sendo um pouco diferente que o ano passado com relação ao Miguel. Vou viajar novamente sozinha com o namorado. O Miguel ficará, de novo, com minha irmã, meu cunhado e suas duas meninas. Ainda conto também com a ajuda da minha mãe e de uma pessoa extra para a parte da noite, enquanto nem minha irmã e nem meu cunhado chegam do trabalho. É incrível como depois que a gente tem filhos, fazer uma viagem a dois mobiliza e mexe com a vida de tantas pessoas. Tudo precisa ser muito bem planejado e organizado e é necessário contar com pessoas maravilhosas como minha mãe e minha irmã que, mesmo passando um perrengue danado, aceitam essa tarefa de cuidar do Miguel além de todos os tantos afazeres que já têm em seu dia-a-dia.

Enfim, a maior diferença está no fato de que, se ano passado 1 mês antes de viajar eu não parava de pensar que deixaria o Miguel e que morreria de saudades, esse ano estou em uma espécie de negação. Simplesmente ainda não pensei que vou deixar meu filho de 2 aninhos e que já entende bem mais as coisas agora e que, possivelmente, sentirá mais a minha falta. Assim imagino. Tenho a impressão que só vou entender que estou indo mesmo e que Miguel vai ficar sem mim e eu sem ele, na hora em que estiver arrumando minhas malas.

Tenho mais medo dessa vez e acho que essa é a razão de não querer ficar pensando muito no assunto. Miguel já fala, se comunica, sua percepção dos acontecimentos ao redor está infinitamente mais ampla, ele já me chama quando quer alguma coisa e, por isso tudo, não estou querendo pensar muito porque se for assim não viajo mais sozinha com o Hugo.

Vou seguir o que a psicoterapeuta recomendou que eu fizesse: conversarei com ele na véspera explicando que iremos pegar um avião, vamos descansar um pouco e trazer muitos presentes pra ele e que, logo, logo, estaremos de volta. Um ponto positivo é que ele estará com pessoas com as quais está mega familizarizado. Miguel adora as primas e convive com minha mãe diariamente. Sua rotina, mais uma vez, não será alterada: ele vai frequentar a creche como de costume. Enfim, acredito estar fazendo tudo certo. E preciso muito dessas férias, preciso muito de um namoro.

Meu coração sentirá a distância, mas sentirá também se eu não tiver esses momentos pra mim. Agora é rezar pra tudo correr bem e para que o Miguel não dê muito trabalho pra pobre da minha irmã que, por 15 dias, será "mãe" de três crianças... Só uma irmã para fazer isso. Ainda bem que tenho uma irmã linda assim!!

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Infância

Ontem a noite cheguei tarde em casa por causa de uma reunião de trabalho. O Hugo pegou o Miguel na creche e estava cuidando dele quando cheguei em casa. Depois de tomar banho e comer, fui me juntar a eles no quarto do Miguel e, de repente, muitos pensamentos a respeito da minha infância invadiram minha mente.

Quando eu era menina, nunca vi meus pais andarem de mãos dadas, nunca os vi se beijando, ou assistirem televisão sentados um ao lado do outro ou fazendo carinho. Também nunca vi meu pai falar que minha mãe estava bonita com essa ou aquela roupa. Não os via sairem sozinhos, fazendo um programa a dois. Meu pai era meu pai e minha mãe era a minha mãe. Eles não eram namorados. Não sabia que pais podiam ser namorados e só um tempo depois comecei a perceber que alguns pais de amigos namoravam. E percebi, também, que adoraria ter "pais namorados". Mas, enfim, nunca tive esse modelo de relação em casa e não estou me lamentando. Cada família é de um jeito e estou aqui vivinha da silva. Com sequelas? Acho que sim. Mas quem não tem?

Bom, o fato é que ontem, lá no quarto do Miguel, sentei ao lado do Hugo e encostei minha cabeça em seu ombro e ele ficou mexendo nos meus cabelos, como é seu costume. Hugo é extremamente carinhoso e estamos sempre de mãos dadas. Quando olhei pro Guel ele estava nos observando e sorrindo e imediatamente me lembrei de quantas vezes eu desejei presenciar essa cena entre meu pai e minha mãe. E pensei que, talvez, meu filho nunca vá saber o que é não presenciar esses momentos de carinho entre pai e mãe. Fiquei imaginando a sensação de segurança que deve ser pra uma criança ter "pais namorados". Como deve ser gostosa a sensação de ter nascido de um pai e uma mãe que se gostam tanto. Pensei também como Deus foi bom comigo... Eu não vivi isso na infância, mas estou vivendo isso agora, apenas desempenhando outro papel. E me sinto tão plena, tão feliz, que não dá pra explicar.

Mais bonitinho ainda é que, na maior parte das vezes em que eu e Hugo estamos juntinhos e que nos abraçamos e beijamos, Miguel pára, fica olhando com cara de satisfação e ri. Normalmente, o namorado fala pro Guel: "Vem, filho, vem dar abraço na família!" E o Guel vem correndo e ficamos os três, abraçados e rindo, com total noção de que isso é que é ser feliz.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Festinha






Tive muitas dúvidas se faria a festinha de 2 anos do Miguel ou não, acabei, graças a Deus, decidindo fazer, mesmo que em cima da hora. Foi a melhor decisão que tomei.

Na festinha de 1 ano Miguel não sabia muito bem o que estava acontecendo, a festa foi pra nós, pais felizes, que queríamos comemorar 1 ano de vida do nosso bebê. Miguel ainda não andava e não curtiu muito. Mas celebrar a vida é sempre maravilhoso e festa, pra mim, não é pôr dinheiro na lata do lixo, é uma oportunidade de estar com pessoas queridas, que estão sempre na torcida para que tenhamos muitos momentos felizes. É claro, se a grana está curta, existem outras formas de comemoração, mas amo festas, músicas e o clima de alegria que envolve uma ocasião especial.

A festinha de 2 anos do Miguel foi uma surpresa pra mim no sentido que não esperava, por mais que pensasse que ele curtiria mais que a festinha de 1 ano, que ele fosse se acabar de brincar. Miguel não parou um só minutinho, a não ser lá pelas 3 da tarde quando sentiu fome. Bateu um pratão de massa e voltou com a corda toda pras brincadeiras. Amei ver meu filho mega esperto, brincando sem parar em todos os brinquedos, sentadinho comportado e comendo sozinho na hora do lanchinho das crianças. E na hora de cantar parabéns? Miguel sabia a musiquinha dos Backyardigans de cor e, lógico, nós também. Cantamos juntos e assistimos, maravilhados, o Miguel cantar o "parabéns pra você" com direito a "é big, é big" e música da xuxa. Bateu palminhas animadíssimo e soprou a velinha.

As fotos que estão no post foram "roubadas" de uma amiga querida. Não estão muito boas mas é só pra ilustrar minha felicidade. A Carol (fotógrafa da festa) ainda não entregou as fotos. Ela foi super sensível, respeitou o tempo do Miguel pra se soltar e ganhou a confiança dele com seu jeitinho brincalhão. Em pouco tempo, Miguel estava só com ela no parquinho e tenho certeza que ela teve oportunidade de tirar fotos lindas do meu bebê.

Quanto a mim, só posso dizer que enquanto meu filho curtir festas desse jeito, farei de tudo pra poder proporcionar a ele esses momentos mágicos, junto com seus amigos e familiares. O maior presente da festinha do Miguel foi ganho por mim: ver meu filho feliz!

terça-feira, 10 de maio de 2011

Aniversário do Miguel


Miguel, você está completando 2 anos. E é impossível passar o dia de hoje sem lembrar o dia do seu nascimento e toda a sensação de ser pega de surpresa que me envolveu então. Quando lembro do domingo, dia 10 de maio de 2009, da correria pra ir pro hospital com apenas 33 semanas de gestação, dos 15 longos dias em que você esteve na UTI, do medo, da ansiedade de trazer você pra casa, meu coração aperta. E meus olhos molham.

Há dois anos, quando você, filho, chegou em minha vida, assim, de supetão, eu não imaginava nem um décimo do que aconteceria comigo. Por mais que você já estivesse em minha vida, morando bem quentinho dentro da barriga, só o nascimento de uma criança faz a ficha cair rapidamente de que "sua" vida não é mais "sua" e de que você, aquele bebê gostoso, ditaria as regras dos meus dias dali por diante. Não, não me apaixonei por você na hora em que olhei pro seu rosto e já disse isso aqui. O seu nascimento, meu GueGuel, veio acompanhado de tanto medo, apreensão e angústia que, apesar de extremamente feliz, meu coração não estava pleno.

Eu fui me apaixonando por você a cada dia, a cada vitória, em todos os dias em que pude, definitivamente, tê-lo em casa comigo. Fui me apaixonando por você, acredite, depois de superar cada noite mal dormida ou não dormida, depois de aturar você chorando horas por causa de cólica sem saber mais o que fazer pra vê-lo bem, depois de cada gripe, dor de garganta ou irritação por causa dos dentinhos. Meu amor por você foi aumentado ao ver seu primeiro sorriso, ao sentir sua mãozinha apertando a minha, ao ver você no colo do seu pai. Que mãe não adora ver sua cria ser acarinhada pelo homem que ama? Meu amor por você, minha delícia, vibra com cada olhar cheio de amor que você me destina, com cada sorriso safado, com seu olhar sedutor depois de fazer besteira. Eu conheço suas gracinhas, conheço seu choro, sua manha, sua voz. E amo, amo demais você, quanto mais lhe conheço, com suas qualidades e seus defeitos.

Hoje, depois de 2 anos, quero muito lhe dizer que sou eternamente grata a Deus por ter permitido que eu pudesse conviver com você. Um dia você saberá que é uma das maiores fontes de aprendizado pra mim. Aprendo com você, todos os dias, a ser mais tolerante, a me deixar em segundo plano, a ser menos egoísta, aprendo a desejar um mundo melhor não pra mim somente, mas, principalmente, porque você está nele. E preciso que você saiba, Miguel, que estarei sempre ao seu lado, aconteça o que acontecer, para ajudar você no longo caminho para se tornar um homem de bem. Um homem da paz. Parabéns, filho!!! Que Deus oriente sua vida e que você faça sempre a escolha pelo amor, que escolha sempre o caminho da luz.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Mães

Eu sou mesmo muito abençoada e tenho só motivos para agradecer nesse dia das mães. Agradecer não só por minha mãe maravilhosa, mas por tantas outras mães lindas que me cercam. Como minha mãe, pode existir mulher igual. Melhor, entretanto, tenho certeza que não há. Nem acho certo o modo como nos criou: nos colocando acima de tudo, até mesmo de sua própria vida, mas sou grata a ela por isso e me sinto privilegiada por ter sido presenteada por Deus com sua presença em minha vida.

Minha irmã é uma mãe exigente com suas meninas lindas, mas as cria muito bem e todos notam o quanto são educadas e respeitadoras. É uma mãe dedicada à sua cria. Exige e ensina. Libera e controla. Erra e sofre. Querendo muito acertar, às vezes mete os pés pelas mãos, é ansiosa, emotiva, impulsiva, mas é amiga e presente mesmo trabalhando tanto.

Gabriela, minha cunhada, tem uma tarefa árdua que é a de ser mãe sem a ajuda de um companheiro. Tenho certeza que é muito difícil porque conto o tempo todo com um companheiro exemplar. Não gosto muito de fazer propaganda, o mercado está muito difícil... rs... Mas Hugo é lindo, é meu amigo demais, um pai maravilhoso, babão e, quem diria, precisa ser controlado por mim para não fazer todas as vontades do Miguel! Então, para Gabriela, um beijo especial por ser mãe com tarefas duplicadas.

Minha madrinha é uma mãe linda, dessas que não levantam a mão e que acreditam que uma boa conversa resolve todos os problemas da vida. Talvez esteja certa, talvez não. Criou três homens. E, entre erros e acertos, lá está ela. Sempre disposta a ajudar seus três marmanjos crescidos e com barba na cara.

Pelos caminhos da vida, dei de cara com a querida Bá, mãe não só da Aline, como de todos nós da família. Bá tem o dom de ser mãezona e recebe a todos com um carinho que só as mães têm. Conheci também minha sogra... O nome "sogra" sempre carrega um peso enorme e nem sempre pro lado agradável. Mas dela só tenho coisas boas a dizer: é amiga, está sempre disposta a me ajudar e é grande companheira, principalmente depois do nascimento do Miguelito.

E falando no meu bebezão, chegamos, então, até a grande benção da minha vida. Sou imensamente feliz por acordar todos os dias e ouvir seus barulhinhos, olhar pro seu rostinho com aqueles olhinhos puxados que ficam ainda mais apertadinhos ao dar seu sorriso matinal pra mim. Mesmo que esse sorriso venha às 7 da matina e seja prenúncio de um dia cansativo. Espero ser, como mãe, pro meu bebê, pelo menos 50% do que as mães que me cercam foram e são para seus filhos. Estou apenas começando e aprendendo. Que Deus ilumine a mim e a todas as minhas amigas mamães aprendizes e de primeira viagem.