sábado, 10 de outubro de 2015

Curaçao




 


Chegar em Curaçao não foi tão fácil porque eu estava deixando Aruba pra trás. Como se apaixonar se você ainda está apaixonado? Aruba dificultou muito as coisas pra ilha seguinte. Muito mesmo. Mas não dá pra dizer que é ruim sair de um paraíso e chegar em outro né? É até pecado!

Colocando meu coração de lado, não dá pra ser injusto com Curaçao. Qualquer pessoa em sã consciência cai de amores por essa ilha em questão de segundos. O povo é muito simpático e, meu Deus, as praias são maravilhosas também! Só que é uma ilha bem maior e muitas vezes é necessário gastar um pouco mais de tempo pra chegar naquela praia que você quer visitar. Por isso, se em Aruba você ainda fica em dúvida se vai alugar um carro ou não, nem pense em ficar na dependência de taxi ou ônibus em Curaçao. As distâncias são maiores e não vale o custo. O carro nos deu a liberdade que queríamos. Dificilmente se consegue um GPS, mas fomos na base do mapinha mesmo e deu tudo certo. Curaçao parece mais selvagem também. É mais simples, mais rústico.




O cartão postal de Curaçao são aquelas casinhas coloridas que ficam no centro. É muito bonitinho mesmo, mas é só isso. Perto do pôr do sol, as únicas coisas que ficam abertas são alguns poucos restaurantes. As lojas são de rua e feias e as ruas onde elas ficam pareceram bem perigosas conforme a noite foi chegando. Fica tudo muito deserto e escuro. Vale sentar em um dos bares e assistir o pôr do sol, justamente onde chegam os navios dos cruzeiros. Dali dá pra ver as casinhas coloridas sendo iluminadas e é bem bonito mesmo. Nós deixamos o carro estacionado um pouquinho afastado, perto do mercado de peixes e deu medo na hora de voltar porque, apesar de não ser tarde - deviam ser umas 8 e meia - estava tudo muito vazio ao redor e muito pouco iluminado.




Mas o melhor de Curaçao são as praias e se Aruba é azul céu, Curaçao é turquesa. Uma coisa de louco! Adotamos o mesmo esquema de Aruba: escolhemos as praias consideradas as melhores e mais bonitas e aproveitamos os nossos dias. Nossas escolhidas fora Kenepa Grandi ou Playa Abao, Cas Abao Beach e Playa Porto Mari. Todas lindas de cair o queixo e de fazer a pessoa não querer sair dali nunca mais. De novo, como em Aruba, são praias sem estrutura com a diferença que algumas são praias pagas (3 dólares por pessoa). Não é nada absurdo, mas não dá pra se iludir: se você paga e pensa que terá aquela estrutura bacana, está redondamente enganado. Mas, quem se importa? Com tanta beleza, com tanto azul ao redor, a gente deixa essas besteiras pra lá e corre em direção às águas frescas e cristalinas sem medo de ser feliz.






Fico pensando em razões pra eu ter gostado mais de Aruba que de Curaçao... Aí começo a buscar razões em umas coisas bobas como o fato de as praias de Aruba serem de areia branquinha e fina e as de Curaçao terem a areia um pouco mais grossa e com seixos no fundo do mar. Será que foi a falta de vento que me fez sentir mais calor? Enfim, posso pensar em outras mil coisas idiotas e nenhuma delas fará sentido porque Curaçao é lindo, exuberante. É um lugar delicioso, inesquecível.








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