sábado, 19 de novembro de 2011

Porque eu ainda me chateio?

Tá bom, eu já deveria saber que nem todo mundo é igual e que a maioria das pessoas só pensa em si mesmo. Mas, mesmo depois de tanta porrada, ainda não consigo evitar ficar triste com certas atitudes das pessoas. Hoje foi uma coisa idiota que me deixou pensando porque ainda fico triste com o egoismo do ser humano.

Eu e namorado fomos ao teatro no Leblon, levar o Miguel pra assistir Cocoricó. Chegamos faltando poucos minutos pro show das galinhas começar e fomos rapidamente para nosso lugar que era bem na frente no palco. Havia muitas mães com seus bebês, muitas mesmo. Poucos pais acompanhando. Coisa engraçada... Tudo bem que assistir "Cocoricó" não é mesmo dos melhores programas, mas nem pensar de eu ir sozinha se tenho marido e o Miguel tem pai. Podem me chamar de chata, mas se é dia de folga do Hugo, porque ele ficaria sozinho em casa? Enfim, deixa isso pra lá porque o post não é sobre isso, o caso não é esse.

Logo após chegarmos, uma mãe sozinha e grávida chegou com seu barrigão enorme e seu filho que devia ter a idade do Miguel. Eu estava pensando em ir até ao hall do teatro para pegar aquelas almofadas pra criança sentar em cima e ficar mais alta, vi que ela também estava procurando uma, mas comentou com o filho que não subiria toda a escada depois de já ter descido. Resolvi tentar conseguir a almofada pro Guel e subi todos os degraus pensando que traria duas almofadas, uma pra mim e outra pro filho dela. Chegando lá, perguntei a atendente do teatro que me disse que não havia mais almofadas sobrando, elas haviam acabado. "Que pena", pensei. Desci e voltei ao meu lugar. De repente, sabe-se Deus como, a tal mãe viu uma pessoa chegando com 3 almofadas na mão e disse que iria subir pra tentar uma pro filho dela.

Eu, com pena da gravidinha com a barrigona, virei pra trás e falei: "Não suba porque a atendente me informou que não há mais almofadas." Ela virou-se e disse que tentaria mesmo assim, subiu e voltou, não sei como, com uma almofada pro filho. E eu fiquei pensando que se tivesse sido eu a conseguir a almofada, teria tentado trazer pra ela também. E ela sabia que eu também estava querendo uma porque me viu subindo e porque eu falei com ela que havia falado com a atendente.

Bem, o caso é que eu nunca me preocupo só comigo. Estou sempre disposta a ajudar, a quebrar os galhos alheios e preciso aprender que nem todo mundo é assim. Lembro-me de quando estava em lua de mel em Cancún e estávamos fazendo um passeio em grupo e vi que um outro casal estava indo pro lado totalmente oposto do local marcado para o grupo se reunir para retornar e quis avisá-los, estava preocupada que eles perdessem a van. Será que outros em meu lugar teriam a mesma preocupação?

Desde que me conheceu o Hugo fala pra mim: "Paula, aquela pessoa é "Mariano"? (meu sobrenome) É "Franca de Carvalho"? (sobrenome dele) Se não, deixe que se ferre". Eu sei que no fundo o Hugo não é assim, já que é uma das melhores pessoas que conheço, com um coração enorme, mas ele não tem essa disposição pra ajudar a todo instante que eu tenho. Só que essa disposição muitas vezes me machuca, muitas vezes eu quero esquecer de ser assim definitivamente e adotar o velho ditado: "Farinha pouca, meu pirão primeiro." Sabe, talvez o Hugo é que esteja certo. Talvez ele tenha, de fato, encontrado a fórmula pra não se machucar com as atitudes alheias. Ou talvez eu é que tenha que aprender AINDA que devemos fazer as coisas pelos outros sem esperar que a atitude deles seja a mesma, devemos fazer o que achamos certo, o que vai fazer bem ao nosso coração e pronto. No final, acho que é isso o que vale nessa vida. E é isso - fazer as coisas de boa vontade, sem esperar nada em troca, "fazer o bem sem ver a quem", que deve me deixar feliz. O resto é o resto.

Um comentário:

  1. a vida é assim mesmo, tbm me chateio fácil, penso demais nos outros e me decepciono, como por ex as vezes chamo uma pessoa para jogar e ela chama outros e nao me chama, mas quando isso acontece é melhor largar de lado a pessoa

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