segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Minha irmã viajando



Tem muitas coisas maravilhosas quando se é muito agarrada com a irmã. E tem uma coisa chata: é quando sua irmã viaja. Eu e minha irmã nos falamos todos os dias, muitas vezes ao dia, inclusive. E eu estou sentindo muita saudade mesmo. Esses 16 dias estão loooooongos demais. Normalmente, eu viajo muito mais que ela e quando é você que está fora, vivendo outros ares e conhecendo lugares diferentes, a pessoa que fica é quem sente mais. Como dessa vez eu é que fiquei, está de amargar. 

Só tem uma coisa boa dessa saudade: estou bem menos culpada em relação às minhas ausências quando viajo com o Namorado e deixo o Miguel aqui. É que estou vendo que Miguel não sente só falta dos pais. Ele está com muitas saudades de sua Dida e Dido, além das primas. Ele pergunta o tempo todo quando vão voltar, fica dizendo que eles estão viajando muito, que está com saudade e não pode ver nem um aviãozinho no céu que já pergunta se é naquele que as primas estão chegando. Quer dizer, se fosse eu a estar viajando e minha irmã estivesse com o Miguel aqui, escutando todos os dias essas perguntas, ficaria de coração picadinho com pena do guri, achando que ele está sentindo falta demais da mãe e do pai. Já estou eu aqui ouvindo minha irmã falando: "Ah, Paula, acho que você não deveria ficar fora por mais de 1 semana porque o Miguel sente muito sua falta..." Ok. Ele sente saudade de mim, sim, quando eu viajo, mas sente saudade não só de mim. O que me leva a crer que a saudade dele não é de morte quando não estou por perto, é saudade e só. Saudade normal. Saudade que a gente sente quando qualquer pessoa que a gente ama está longe.

Quando lembro de duas irmãs amigas que não moram mais no mesmo pais, feito a Dani e a Andressa, fico me perguntando como é que elas fazem. Tudo bem que os meios de comunicação hoje facilitam e muito a vida da gente nesse sentido, mas como é bom uma conversinha cara a cara, uma troca de olhares, a facilidade de usar o telefone a qualquer hora do dia pra falar com a irmã. Como ficar afastadas e só estar juntas algumas vezes no ano? Como não telefonar na hora que acontece alguma coisa hilária e dá aquela vontade de dividir, de rir junto? Como não pegar o telefone e ligar pra irmã na hora em que você precisa desabafar com alguém e só uma irmã entenderia tanto nervosismo ou ansiedade? E só uma irmã sabe achar que os gritos do outro lado do telefone são despropositados e ouvir tudo calada procurando a hora certa de falar que estamos à beira da loucura. Nossa, difícil ficar sem minha irmã por perto...

Saudades monstras da minha melhor amiga mais chata do mundo. Volta logo, Sis.

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