quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Qualidade de vida

Tenho a sorte de trabalhar fazendo algo que gosto muito e lidando com gente. Adoro gente. Adoro as pessoas que trabalham comigo. Algumas são minhas amigas de verdade. Pessoas nas quais confio plenamente.

Muitas vezes me questiono se deveria ter partido pra fazer uma outra coisa qualquer, talvez na área de Relações Públicas mesmo. Mas a vida me levou a ser professora e, depois, para o lado administrativo e sou muito feliz. Poderia estar ganhando muito mais? Sim, mas seria tão feliz? Não sei. Adoro trabalhar perto de casa, ter um horário flexível para estar junto do meu filho o máximo de tempo, poder ajudar minha mãe quando surge um imprevisto, poder ir ao médico quando necessário. Não tem chuva torrencial ou engarrafamento que me estresse. Estou perto de casa. E, no final das contas, o que vale nessa vida é o modo como passamos nossos dias. Se tiver que escolher entre ganhar muito mais e trabalhar muito mais também e ainda ter preocupações extras, que hoje não tenho, minha resposta é não. Pode ser que seja acomodação da minha parte, mas se gosto tanto da vida que levo, se sou feliz, para quê procurar chifres em cabeça de macaco?

Pra que ter mais dinheiro se não terei tempo pra gastar? Pra que ter mais dinheiro se não terei tempo de levar meu filho a escola ou ajudá-lo nas lições de casa? Trabalho muito sim, mas tive a sorte de poder agregar qualidade de vida, prazer e gosto pelo trabalho e uma remuneração decente. Não, não é muito. É muito menos que mereço. Mas me permite viver a vida. E isso é tudo.

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