sábado, 18 de agosto de 2012

Carinho é bom e todo mundo gosta

Miguel e Duda em momento de carinho


Miguel é uma criança muito carinhosa com a gente. Vive nos dando muitos beijos, faz carinho e já solicita carinho também. Não raro, na hora de dormir, vira-se pra mim e pede: "Mãe, faz carinho na minha cabeça?"  Todas as vezes, quando chego em casa na hora do almoço pra levá-lo à escola, ele corre e me abraça com tanta alegria que parece que estive fora por meses. Todo dia é a mesma coisa, a mesma felicidade em me ver na hora do almoço. 

Ele também fica muito feliz quando digo que é meu dia de buscá-lo na escola. Abre o maior sorrisão e me deixa cheia de felicidade, mesmo que eu saiba que aquele será um dia muito mais corrido pra mim no trabalho e onde as coisas todas que tenho que fazer tenham que ser feitas em menos tempo. Meu cunhado, minha irmã, eu e o Namorado nos alternamos na hora de buscar na escola, assim fica melhor pra todo mundo, mas o meu dia de buscar tem gostinho especial apesar da correria.

É engraçado como o ser humano gosta de palavras de carinho e, por mais que as atitudes sejam coerentes com o que se diz, a palavra faz falta. Miguel gosta de me levar até o carro todas as manhãs quando estou de saída pro trabalho. Sempre me abaixo perto dele, lhe dou um abraço, beijo e digo que lhe amo. Ele muitas vezes diz que me ama também e ainda diz: "Bom trabaio, mamãe!" Só que essa semana eu estava atrasada e dei um beijo apressado nele e fui logo entrando no carro, aí, já dentro do carro abri a janela do lado do carona pra dizer que voltaria na hora do almoço e o Miguel olhou pra mim e perguntou: "Mamãe, você ama eu?" Ai... Que fofo esse meu filho... Eu que digo que o amo todos os dias antes de sair, naquele dia não disse e ele sentiu mas também não guardou pra ele essa dúvida, resolveu me perguntar. Miguel me deu a chance de dizer a ele, já que tinha esquecido, que, sim, o amo muito, mais que tudo nessa vida. 

Muitas vezes, por mais que a gente preserve atitudes corretas com as pessoas que nos cercam e estejamos sempre dispostos a ajudar, esquecemos de falar o que sentimos. E é tão bom falar que gostamos, que sentimos falta, que o amigo está lindo com tal roupa, que sentimos saudade, que amamos. Falar essas coisas é tão delicioso quanto escutar. Palavras podem ser só palavras ao vento mesmo, se não são acompanhadas de exemplos práticos na rotina diária, mas quando ditas com o coração, com sentimento, tem muito valor. E quem não gosta de um "eu te amo" visceral, sentido, carregado de amor? Quem não gosta?


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