quinta-feira, 18 de outubro de 2012

UP - Altas Aventuras




Eu assisto a muitos filmes infantis por conta do meu filho. Muitos deles, já assisti inúmeras vezes. Não sei porque crianças são tão repetitivas, querem sempre ver a mesma coisa não importa a quantidade de ocasiões em que já assistiram. Seja como for, como eu sempre gostei de filmes infantis, consigo assistir com ele. É claro que não gosto de assistir repetitivamente, mas mesmo quando Miguel não existia, nem minhas afilhadas, eu sempre fui ao cinema para assistir aos filmes feitos para o público infantil. Cinema é cinema e se for bem feito, vale qualquer um pra mim, não me importo com nacionalidade nem estilo.

Bem, por conta do Miguel ficar assistindo o mesmo filme até cansar, eu e o Namorado acabamos optando sempre por comprar os DVDs pra ele, ainda mais que ele gosta de ter a caixinha com a capa original do filme. Então, comprei o filme Up - Altas Aventuras. E foi uma surpresa constatar que o filme é simplesmente lindo! Eu e o Namorado nos identificamos muito com o casal da estória: o velhinho rabugento e, por vezes, mal humorado e a velhinha que fala pelos cotovelos, cheia de energia. Logo no início do filme, já me emocionei... As primeiras cenas são lindas, tocantes em nível máximo. É muito fofo. E, depois, no desenrolar da estória, tudo é muito bonito, muito cuidado, de uma beleza muito sutil. A trilha sonora também é excelente.

O velhinho se chama Carl Fredricksenen e sua esposa se chama Ellie. Eles se conhecem crianças e já fica muito claro todas as diferenças entre eles, no tipo de vida, na criação e na personalidade. Com o falecimento de sua esposa, Fredricksenen decide tentar realizar os sonhos que tinha quando seu amor era vivo e acaba conhecendo Russell, um escoteiro que, por acidente, embarca na aventura junto com o velhinho. A relação entre eles é outro ponto alto do filme porque enquanto o menino é superativo, alegre e extrovertido, Fredricksenen é fechado pra vida, apegado ao mundo que construiu com sua esposa, apegado a coisas e objetos do passado, preso a esse passado. Essas duas pessoas tão distintas se unem por apenas uma característica em comum: a solidão.

É claro que dificilmente uma criança da idade do Miguel vai entender todas as nuances da estória, tudo o que o filme quer passar. O filme é "infantil" porque se trata de uma animação, tem personagens engraçados e aventuras para prender a atenção da criança, mas sua mensagem vai muito além. É uma mensagem de amor e de amizade, de descobrir que nossas maiores aventuras podem ser as coisas cotidianas, pode ser o que nos parece banal, pode ser apenas viver. 








2 comentários:

  1. que eu saiba a palavra estória foi banida do dicionario da lingua portuguesa.

    abraço burrinha KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Infelizmente, você está equivocado ao dizer que a palavra "estória" foi banida da língua portuguesa. A palavra continua existindo, apenas recomenda-se hoje que apenas "história" seja utilizada já que entendeu-se por bem unificar os dois significados diferentes de cada uma dessas palavras em "história" a fim de não gerar controvérsias e facilitar seu uso, entretanto o uso de "estória" não pode ser considerado errado e a palavra continua existindo, é só você pesquisar um pouquinho. Assim, pra resumir: hoje a palavra "história" pode ser usada englobando os dois significados, ficção ou realidade. Porém, se você for usar a palavra "estória" somente poderá fazê-lo no contexto de ficção, exatamente como eu fiz.
      De qualquer forma, obrigada pela visita!

      Excluir