quarta-feira, 24 de março de 2010

Irmãs


Eu adoro ter uma irmã! Quando olho pra minha vida, não posso imaginá-la sem a minha irmã. Como nossa diferença de idade é muito pequena (1 ano e oito meses) sempre fomos muito amigas. É claro que a gente brigava e ainda hoje, de vez em quando, ainda briga. Os motivos das brigas eram os mais variados, até por sermos tão diferentes. Minha irmã é mais bagunceira, eu mais organizada. Em compensação, ela sempre foi mais flexível e eu autoritária. Ela, extremamente vaidosa e eu, largada. Ela espivitada, eu quieta.

Colocando de lado tantas diferenças, ter uma irmã é muito bom. Quantas conversas antes de dormir, quantas vezes, quando tinha pesadelos, dormíamos juntas. As caminhadas de casa até a academia de ballet, as risadas incontroláveis. Eu tentando consolá-la quando ela chorava compulsivamente porque teria prova no curso de inglês. Depois, já adolescentes, uma esperava a outra pra almoçar depois da escola. Quando uma resolvia fazer dieta, geralmente minha irmã, fazíamos juntas. Nunca fomos muito de usar as roupas uma da outra, até porque temos o corpo bem diferente: minha irmã é mais baixa e magrinha, mas sempre gostamos de comprar roupas juntas.

Enfim, ter irmão é companhia pra vida toda! E amizade que ninguém destrói. Amor que não tem fim, que não se fica sem, que está lá, sempre. Sei que existem irmãos que nem se falam, mas quero acreditar que isso não é o normal. Normal é ter irmão amigo, aliado, companheiro. Irmão diz as maiores verdades na nossa cara e, por mais que doa, a gente sabe que é pro nosso bem. Irmão coloca os pés da gente no chão e faz a gente sonhar também.

Eu e minha irmã nos falamos mil vezes ao dia. Ela é chata pra caramba, neurótica e insana, até mais que eu, mas é a minha irmã! A melhor irmã que Deus poderia me dar. E ela tem duas filhas que brigam que nem loucas mas são amigas também. Tenho certeza que minhas sobrinhas (e afilhadas!) serão como eu e a mãe delas: amigas pra vida toda. Diferentes, mas tão iguais. Uma vai querer matar a outra de vez em quando, mas serão melhores amigas. Dá pra sentir no olhar delas e na foto aí de cima. E é pensando em tudo isso que me bate uma pontinha de tristeza por não querer dar um irmão ao Miguelito. Mas isso já é loucura pra outro post...

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