terça-feira, 2 de novembro de 2010

Miguel


A cada dia Miguel me surpreende com sua esperteza, sua alegria e "sapequice". É um menino muito fofo mesmo esse meu filho e, por mais que tente, não consigo deixar de ficar babando.

Durante esse feriadão fomos comer fora três vezes. Sinceramente não gosto de ficar em casa, nunca gostei, sou de rua mesmo. E continuo achando, ainda depois de ter um bebê, que sair com ele é melhor que ficar em casa atrás dele o tempo todo. Prefiro ir pro shopping, dar uma caminhada, ir pra piscina. Assim, ele se cansa e volta pra casa mais calminho. Então, no restaurante pedimos sempre aquela cadeirinha pra que ele fique pertinho da gente o maior tempo possível, levamos alguns brinquedinhos dos quais ele gosta pra ele brincar à mesa - mesmo que a gente saiba que logo ele vai querer brincar com os talheres, copos e pratos. Levamos seu suquinho e procuramos pedir algo que venha com batata frita porque ele fica horas com uma na mão e dá uma folga pra gente comer em paz.

Mas o Miguel não é uma criança encapetada, dessas que não deixam os pais fazerem nada. É inquieto, às vezes, quer mexer nas coisas, se levantar, enfim é uma criança normal, mas não a ponto de ocorrer a situação que vi hoje na mesa ao lado. Chegamos, um casal estava recebendo os pratos pedidos e estavam com uma menininha um pouco mais velha que o Miguel. Logo, a mãe se levantou deixando o prato de massa esfriando, pegou a filha no colo e se retirou do restaurante pra deixar o marido comer. Ele, coitado, comendo sozinho, comeu rapidamente e eu até duvido que estivesse saboreando sua refeição... Quando ele acabou, a esposa entrou no restaurante e entregou a filha ao marido que também foi dar umas voltas com a criança do lado de fora. Mais uma vez, a esposa comeu só. E rápido. Nem sei como conseguiu matar aquele prato de massa tão rapidamente. Ai, que triste... O casal não come junto, a filha não partilha desse momento, ninguém conversa e fica a impressão pra mim de que tudo está partido, fragmentado.

Enquanto isso, Miguel estava sentado brincando com seus brinquedinhos e segurando um garfo (e eu morrendo de medo do garfo na mão dele), com um pratinho com três batatas fritas e um pedaço de pão que ninguém poderia ousar retirar da frente dele. Interagiu comigo e com o pai, sorriu, brincou, fez malcriação quando tirei o garfo da mão dele e troquei por uma colher. Mas, resumindo, a família comeu junto. Da entrada à sobremesa. E, por falar em sobremesa, quando chegou nosso brownie, tentei dar a ele um pouco do sorvete. Ele olhou pra mim e balançou a cabeça dizendo não. Em seguida, com a colher que tinha na mão foi pegando sorvete e comendo, sozinho!!! Derrubou sorvete na camisa algumas vezes, mas não aceitou minha ajuda. Quis comer sozinho. Meu filho tem 1 ano e 5 meses, não é nenhum superdotado, mas já vem dando mostras de ser muito esperto e independente. Como tenho sempre roupa extra na bolsa, deixo que ele seja ativo. Troco a roupa depois e jogo a suja na máquina e pronto. Está resolvido o problema.

Quando o garçom trouxe a conta, ainda recebi parabéns por termos feito a refeição juntos. Ele disse que é raro ver casais que insistem em manter os filhos à mesa durante as refeições. Convenhamos que é mais fácil dividir mesmo: agora eu como, você segura, agora é minha vez, sua vez de segurar. Mas é tão mais agradável ver seu filho se acostumar a ficar com os pais na hora de comer... Melhor é ver meu filho crescendo tão forte e seguro. Isso, hoje, é felicidade pra mim.

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