Sempre quis nadar com golfinhos. Coisa de menina, curiosidade, vontade de chegar perto desses bichinhos lindos.
"Nadar", aliás, não é bem o termo correto uma vez que não sei nadar. Mas queria estar no mesmo lugar que golfinhos e chegar perto, dar um beijinho.
Nas muitas vezes em que estive em Orlando, nunca deu pra reservar um dia pra fazer isso, sempre colocava outras coisas como prioridade e quando tinha tempo pra conhecer os golfinhos, ficava sem coragem de dar o dinheiro.
Na minha lua-de-mel, eu e o namorado fomos pra Cancún e lá é comum oferecerem esse opcional. Acontece que na nossa lua-de-mel eu e o Hugo estávamos mais duros que côco, tínhamos quebrado o cofrinho pra pagar a festa pra 400 convidados, queríamos tudo do jeito que achávamos que deveria ser e viajamos em lua-de-mel bem apertados, sem dinheiro pra estripulias e sem nada na poupança. Lembro que tomávamos café da manhã bem reforçado e enquanto a galera comia nos restaurantes nos parques que visitávamos, nós comíamos um sanduíche que havíamos feito e guardado na mochila. E a gente ria muito disso, da nossa pobreza no meio de um lugar tão maravilhoso e ríamos também porque o fato de não termos um único centavo no banco não nos fazia menos felizes. Longe disso: estávamos exultantes de felicidade, apaixonados e sem ligar pra mais nada que não fosse aquele momento. Por isso, é claro que o nado com golfinhos não poderia rolar.
Em Fernando de Noronha, vimos golfinhos bem de pertinho, eles acompanharam nosso barco por um longo percurso e eu já achei maravilhoso estar tão próxima desses bichos fofos.
E, então, finalmente, eis que esse ano fui a escolhida pra ir ao Discovery Cove levando parte do grupo que quis fazer esse opcional durante a viagem a Disney e, é claro, havia chegado a minha vez de nadar com os golfinhos!! Animação máxima, lá fui eu, toda feliz.
Estando lá, tive a certeza de que vou voltar levando o Miguel. Meu filho é louco por vida marinha, adora peixes e fiquei imaginando todo o tempo como seria a carinha dele quando pusesse suas mãos sobre os golfinhos, quando sentisse sua pele tão macia, aveludada. Além disso, lá é possível nadar com peixes lindos, grandes e coloridos e arraias enormes, lado a lado. Amei a experiência e sei que vou repetir ao lado do Namorado e do Miguel. Adorei o dia e saí de lá com a sensação de ter tido um sonho realizado, feliz, feliz... Só esse dia já valeu todo o cansaço, correria e trabalho da viagem. Sonho realizado!!
Que coisa linda, parece realemnte um sonho e você parece uma atriz de um filme hollywoodiano!A vida de ser assim: de tornar sonhos realidades!
ResponderExcluirQuem dera mesmo, querida e eterna professora Soraya, que os sonhos de todos nós pudessem se tornar realidade... Um beijo!!!
ResponderExcluirLindo!! E como foi a reação do Miguel ao ver as fotos e te ouvir contar? Certa vez alguém me disse que coisas "menores" como um show, uma aquisição, um dia, não podem ser considerados sonhos, que a palavra está banalizada.Não concordei, de jeito nenhum. Sonhos são sonhos não importa o tamanho, e temos que tê-los, nas mais variadas proporções, sempre. Adorei aquele desenho "Enrolados", e perto do final a personagem diz mais ou menos assim: "e agora,que já realizei todos os meus sonhos?" e o príncipe responde: "bem, terá que arranjar outros!" Adorei e procuro seguir: quando um sonho é realizado já coloco outro no lugar daquele. Beijos e conta como o Miguel ficou na tua ausência!
ResponderExcluirNOssa, é isso mesmo... Você tem toda razão! Meus sonhos, muito frequentemente, são sonhos considerados "pequenos" pela maioria... Será que é por isso que acho mais fácil ser feliz? Porque sonho pequeno? Ah, deixa pra lá. Eu acho mesmo que a gente que sonha com coisas mais palpáveis é que estamos certas... rs... Um beijo!
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