quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Beto Carrero




Não era minha intenção ir ao Beto Carrero nesse momento. Já tínhamos planejado levar o Miguel ao Beach Park, em Fortaleza, agora em outubro. Só que logo depois decidimos também que vamos pra Disney ano que vem... E aí, durante uma conversa sobre esses planos de férias, falei pro Hugo que a gente deveria levar logo o Miguel pro Beto Carrero porque se deixássemos pra levá-lo lá depois de ele conhecer Orlando, o garoto iria achar meio sem graça, acredito eu . 

Enfim, pegamos umas milhas e trocamos a passagem pra Florianópolis e decidimos que não ficaríamos em Penha (local onde situa-se o parque). Preferimos um hotel em Camboriú pra termos opções de restaurante e shopping. Penha não tem nada. Nada mesmo. São só hoteis e o parque. E como as atrações deixam de funcionar às 18h, ficaríamos sem ter muito o que fazer depois e à mercê da comida do hotel, apenas. Foi uma decisão bem acertada. Em Camboriú, há muitos restaurantes perto do hotel (na orla, Hotel Mercure), além de um shopping pequeno onde podemos chegar andando por 5 minutos e um shopping muito bom, com cinema e muitos restaurantes que fica há 4 minutos de carro. Outra coisa boa foi termos decidido alugar carro. Ficamos com uma maior liberdade pra ir e vir, sem estarmos presos com os horários estabelecidos pelos transfers.





Sabia que seria muito divertido, apenas não sabia como seria o comportamento do Miguel com relação a estar muitas horas na rua, andando pra caramba e enfrentando filas. E a reação dele foi muito melhor que a que eu esperava! Logo no primeiro dia, fui tentar alugar um carinho pra ele não se cansar tanto. Só que como o tempo estava instável, a atendente me explicou que o carrinho não era impermeável e que, se chovesse muito, o carrinho acabaria ficando bem molhado já que os locais para deixarmos o carrinho enquanto estivéssemos nas atrações não é coberto. Uma vez que o carrinho ficasse molhado, eu não poderia colocar meu filho nele. Depois dessa explicação que fez sentido pra mim, decidimos começar nosso dia sem carrinho mesmo e, se fosse mesmo necessário, voltaríamos pra alugar depois. Só que Miguel não pediu colo nenhuma vez! As poucas vezes em que foi pro colo foi quando precisamos correr pra pegar o horário de algum show ou quando Hugo deu uma colher de chá e ofereceu. Fora isso, o garoto não arregou. Andou mesmo, ficou em pé nas filas e não reclamou de cansaço.




O comportamento do Miguel foi o melhor do passeio. Meu filho se mostrou um companheiro e tanto pra viagens, não perturbou e curtiu muito as coisas. Tem muita energia e não reclama. É claro que ficou impaciente quando tinha que esperar muito nas filas, mas nada que não fosse normal. Ninguém gosta de enfrentar filas. Fiquei muito animada pra irmos pra Disney. É claro que lá não abrirei mão do carrinho, porque não dá pra comparar o tamanho dos parques, mas deu pra ver que Miguel vai aproveitar demais.





O parque é bem bonitinho, os animais são bem cuidados. Só não dá pra fazer comparações com outros parques porque aí a coisa fica feia. É o mesmo que comparar laranja com mamão. É tudo fruta mas uma coisa não tem nada a ver com a outra. Os parques Disney estão em outro patamar, muito distante. Quando você veria um extintor de incêndio aparente em uma das atrações da Disney? Nunca! Outra coisa é a falta de estrutura pra alimentação: em todo o parque existe apenas uma única praça de alimentação. E não é preciso ir muito longe pra saber que ela não dá vazão nos dias mais cheios. Fizemos o parque numa sexta-feira e estava bem tranquilo. O segundo dia era um sábado e estava MUITO mais cheio, mesmo o tempo estando nublado e com alguns momentos de chuva. As filas da praça de alimentação, no sábado, estavam dando voltas! Havia filas também nos banheiros femininos. Por isso, se der, melhor se programar pra pegar dias de parque fora de final de semana. Outra coisa é o piso da praça de alimentação: extremamente liso e escorregadio. Vi duas crianças escorregarem, outra cair e também vi uma senhora cair. Aquele piso é um crime em dias chuvosos! Pois é, esses pequenos detalhes dão uma enfraquecida, mas não dá pra tirar o mérito do parque que é bem legal, sim.




Miguel não pôde andar nas duas montanhas-russas do parque porque não tem altura. Mas há muitas atrações nas quais ele pôde ir, também assistimos a shows e tudo era novidade pra ele. Miguel aproveitou muito e quis repetir muitas vezes os brinquedos dos quais gostou mais. Outra coisa legal foi a oportunidade de conhecer meu filho um pouco além do dia-a-dia, ver que meu filho não tem medo das quedas, de altura, dos brinquedos com velocidade. Mas tem medo quando a atração é escura. Acho que o que ele não vê, o que não pode controlar, o oculto, o inesperado, não bate legal pra ele, não... Ele estava com medo de entrar na caverna dos piratas porque era bem escuro. Insistimos pra que ele vencesse o medo e lá foi ele diante da nossa insistência. Pé ante pé, devagar foi indo, só que quando chegou na metade do caminho, depois de ter visto vários esqueletos nas paredes e outro esqueleto com chapéu de pirata deitado na cama, o garoto deu um grito: "Eu falei que não queria entrar aqui!!! Quero sair desse lugar!" Epa... Até me surpreendi com a ênfase dele, com a força de sua decisão de não ficar mais alí. Respeitamos e mais que rapidamente saímos de lá. Respeito é bom e meu filho gosta. Achei bacana ele ter se posicionado, dito que não estava satisfeito de estar entrando em um lugar só pra agradar a gente, na verdade. 

Valeu muito a pena. Fiquei muito mais confiante pra enfrentar uma maratona de parques com o Miguel ano que vem, ele me passou muita segurança. E ver a carinha do filho da gente se divertindo e aproveitando é bom demais! 

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