quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Amor

Sábado passado fui a um casamento e esse é o tipo de cerimônia que adoro, além da festa sempre ser muito cheia de energia e felicidade. Gosto de chegar para ver todo o ritual, a igreja enchendo, a expectativa, a entrada de todos e, finalmente, da noiva. As noivas são sempre tão lindas!!!! É que felicidade embeleza, né? E eu nunca fui a nenhum casamento onde a noiva estive casando obrigada ou coisa assim, portanto, sempre acho as noivas muito lindas, com aquela luz brilhante que só a felicidade dá.

Acho importantíssimo a escolha do celebrante, seja padre, pastor, juiz, ancião, whatever. Quando o celebrante sabe da estória dos noivos e é inteligente, diz coisas bacanas e propícias então... Nossa!! Aí é choro na certa, me emociono mesmo.

Sábado passado, em dado momento da cerimônia, o padre falou que os noivos estavam conhecendo o maior amor do mundo: o amor de um homem por uma mulher e vice-versa. Tudo bem. Acho mesmo que o amor entre um casal é um amor lindo. Penso no meu relacionamento com o namorado e vejo o quanto somos amigos, companheiros, dedicados um ao outro, amantes. Amar e ser amado é um milagre, sempre digo. Ainda mais nos dias de hoje. Sou muito grata a Deus por ter permitido que eu vivesse esse grande amor. E agradeço, mais ainda, por ele ter chegado quando eu já estava mais madura, mais pronta mesmo. Eu e ele já tínhamos traído e sido traídos, já tínhamos sofrido e feito sofrer e estávamos querendo muito construir um relacionamento bacana, baseado em muita verdade. Quando somos mais velhos, somos mais tolerantes, mais experientes e essa experiência de vida faz relevar o que é pra ser relevado e se importar com coisas que são realmente importantes. Ok. É um amor maravilhoso mesmo o de um casal. Mais não é, nem de longe, o maior amor do mundo.

O Hugo, na mesma hora em que ouviu a frase e esse monte de pensamentos disparava em minha cabeça louca, olhou pra mim e disse: " Ele está falando isso porque não é pai..." E Hugo está certo. O amor de pai, de mãe, é um amor diferente não por ser maior ou menor. É o que bate mais forte no coração simplesmente porque é "incondicional". E essa palavrinha faz TODA a diferença.

Amo o Miguel tanto e tanto que dá vontade de chorar. Amo meu filho, mesmo quando ele me desespera, me desagrada, me dá trabalho. Amo meu filho quando tenho que levantar da cama de madrugada caindo de sono, quando preparo o leite e ele faz malcriação porque quer suco, amo meu filho mesmo quando fico zangada por ele ter dado um tapa na colher cheia de comida antes de chegar a boca, quando estou dando banho nele e ele me molha inteira assim como amava também quando estava prontinha e perfumada pra sair e, do nada, levava uma golfada bem azeda e tinha que tomar outro banho e trocar de roupa. Ai... Eu amo tanto, é tanto amor, que aperta o coração, como se nele não houvesse mais lugar pra nada.

Com namorado, marido, amigo, não é assim. Amamos e queremos ser amados. Existem pactos, acordos, para que relacionamentos deem certo. Com filhos existe o trabalho de educar, a responsabilidade e a culpa se as coisas não correm do jeito que esperávamos ou não satisfazem nossa expectativa, mas nada arranca esse amor imenso do peito. Há mães que colocam seus filhos pra fora de casa porque são agredidas por eles, mas continuam amando. Há mães de bandidos que sabem da condição errada dos filhos e desaprovam, mas continuam amando. Há mães de filhos totalmente sem juízo, alguns cruéis, mas continuam amando. E é esse, pra mim, o maior amor do mundo, o amor dos pais por seus filhos.

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