quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Mãe em tempo integral

Quero deixar registrado aqui o quanto admiro essas mulheres corajosas que decidem ser mãe em tempo integral. Penso nisso todas as vezes em que tem um feriadão como esse que passou essa semana e me vejo tendo que passar o dia inteiro com o Miguel, botando minha cabeça pra pensar em alguma atividade pra gastar a energia do moleque antes que ele acabe com a minha.

Sábado e segunda-feira o Hugo trabalhou o dia inteiro e eu fiquei sozinha com meu bebê. Isso significa sem ajuda de qualquer tipo, e, tenho que dizer, continuo achando a coisa mais punk da face da terra. Miguel está na fase não só de mexer em tudo, mas de não aceitar mais quando digo não. Ele insiste, disfarça e volta lá, e, para minha surpresa, sabe aquelas crianças de shopping que se jogam no chão e batem perninha e a gente pensa: "que horror!" ? Miguel vem apresentando essa tendência. Já algumas vezes quando disse não milhões de vezes e ele viu que não levaria a melhor, se jogou no sofá, no chão do quarto, enfim... Faz um drama. Eu fico calada, apenas olhando com o meu silêncio e minha cara de reprovação porque com maluco não se discute. Graças a deus, tenho obtido bons resultados com essa técnica. Ele sempre pára com o fricote. Deve cair em si da cena ridícula que está armando e deixa o chilique de lado.

Mas o fato é que agora não me sinto apenas cansada fisicamente. Mentalmente, no final de um dia, estou um caco e a idéia de chegar segunda-feira ou qualquer que seja o dia de trabalho deixa de ser um problema, vem até acompanhada de certo alívio. É por isso que fico pensando nessas mulheres que abandonam seus empregos e decidem se dedicar em tempo integral a essas delícias loucas e cansativas. Simplesmente admiro e tenho a certeza de que não é pra mim. Não tenho essa vocação e preciso admitir.

No sábado, quando o Hugo chegou do trabalho e nós jantamos, eu ainda não tinha tomado banho. Depois da louça lavada, penso em , até que enfim, me enfiar no banheiro e ter 15 minutos de sossego. Não é que o danadinho entrou no banheiro comigo e ainda por cima começou a abrir os meus armários?? Não aguentei. Parecia uma estérica - ou será que sou estérica mesmo?? - gritando: "Hugo, pelo amor de Deus, eu quero, eu preciso, de 15 minutos sozinha pra tomar banho!! Tire esse menino daqui antes que eu o mate!" Hugo, rapidamente - porque não é bobo nem nada e conhece a mulher que tem - tirou o Miguel do banheiro e me deixou acalmar minha mente debaixo do chuveiro. Ah.. Que banho bom! 15 minutos de solidão e voltei a ser feliz... Pra começar tudo de novo.

2 comentários:

  1. Paula,parabéns por ser esta pessoa e profissional que és, quando quis trabalhar no CCAA e corri atrás do TC, eu queria na verdade aprender mais e mais com vc, e tinha certeza que isto aconteceria, cada situação nova que se apresentasse eu queria te ouvir e aprender com sua experiência e jogo de cintura, admiro muito seu profissionalismo. PARABÉNS MESTRE!!!!!!!!!!

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  2. Flavinha, eu é que tenho a agradecer todo o carinho!! Obrigada mesmo!!

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