quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Educação

Sempre fui muito preocupada com a questão da educação. E não poderia ser diferente quando se trabalha em uma escola. Mas quando a gente tem filhos a preocupação aumenta. Depois dos filhos o pensamento começa a ir longe e começamos a pensar desde a creche na qual o filhote vai ficar, com o ambiente que frequentará chegando a ir até a preparação para fazer um itnercâmbio ou entrar em uma boa universidade.

Fico muito concentrada em que tipo de valores passar para meu filho, sei que isso é uma responsabilidade minha e do Hugo, em primeiro lugar. Essa tarefa é nossa. Depois da escola. A família é fator primordial em transformar essas criaturinhas em seres humanos dignos e corretos. Fico prestando a maior atenção a tudo que está ao meu redor, muito mais agora, depois do Miguel, que antes. E, antenada como sempre, ouço que não sei quem, depois de fazer uma mega cirurgia plástica disse que agora pode reduzir o ritmo de trabalho porque já conseguiu atingir seu objetivo. Caramba. Vejo minha irmã trabalhando que nem louca, assumindo uma porção de turmas, se privando até de ficar mais tempo com suas filhas pra poder pagar um colégio excelente pra elas, pra ter o dinheiro pra vê-las no melhor colégio que seu salário permitir. Total divergência de objetivos. Minha irmã almeja ver as filhas bem posicionadas, quer encaminhá-las da melhor forma possível. A outra quer reduzir o ritmo porque já está recauchutada.

Aí é que reside o maior problema, acho. Mesmo que a mãe cheia de plásticas pague um bom colégio para seu filho, o valor que ela está deixando pra ele é outro. E esse dano acho difícil de reparar. Aprendi que educação é um trio composto por amor, disciplina e exemplo. Não adianta mandar fazer, não adianta aconselhar se o que seu filho vivencia em casa é totalmente divergente do que você diz ou aconselha. Não dizem que atitude vale mais que mil palavras? Concordo.

Estou lendo um livro que uma grande amiga me deu de aniversário. Chama-se "As crianças aprendem o que vivenciam", de Dorothy Law Nolte, e logo ao abrir um livro leio:

"Se as crianças vivem ouvindo críticas, aprendem a condenar. Se convivem com a hostilidade, aprendem a brigar. Se vivem com medo, aprendem a ser medrosas. Se convivem com a pena, aprendem a ter pena de si mesmas. Se vivem ridicularizadas, aprendem a ser tímidas. Se convivem com a inveja, aprendem a invejar. Se vivem com vergonha, aprendem a sentir culpa. Se vivem sendo incentivadas, aprendem a ter confiança em si mesmas. Se vivenciam a tolerância, aprendem a ser pacientes. Se vivenciam elogios, aprendem a apreciar. Se vivenciam a aceitação, aprendem a amar. Se vivenciam a aprovação, aprendem a gostar de si mesmas. Se vivenciam o reconhecimento, aprendem que é bom ter um objetivo. Se vivem partilhando, aprendem o que é generosidade. Se convivem com a sinceridade, aprendem a veracidade. Se convivem com a eqüidade, aprendem o que é justiça. Se convivem com a bondade e a consideração, aprendem o que é respeito. Se vivem com segurança, aprendem a ter confiança em si mesmas e naqueles que as cercam. Se recebem afabilidade e amizade, aprendem que o mundo é um bom lugar para se viver."

Que Deus me ajude e me dê sabedoria para tornar meu menino um homem capaz de fazer boas escolhas. Que os guias espirituais me ajudem a guiá-lo pelo caminho da luz. E que todos os que dele se aproximarem sintam que seu caráter é firme, que seus valores são os valores do bem e da fraternidade e que sintam a presença de Deus.

Um comentário:

  1. Paula, depois de ler o que vc escreveu, eu só tenho a dizer que o Miguel vai absorver seus valores sim, pois ele vai vivenciar, e vai se orgulhar muuuuuuuuuuito da mãe que tem, dos pais que tem.

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